A Polícia Judiciária Civil concluiu o inquérito do duplo homicídio ocorrido em dezembro de 2009, na cidade de Rondonópolis (212 km ao Sul). As investigações do caso considerado macabro elucidaram o desaparecimento e morte do casal José Amadeu Gomes da Silva, 51, e Maria Teresa Pinheiro Dickel, 56. No inquérito policial da Divisão de Crimes Contra a Pessoa (DCCP) do Centro Integrado de Segurança e Cidadania (CISC), responsabilizou Claudiomiro Martins Mendes, 49, pela autoria das mortes. As investigações foram finalizadas na sexta-feira.
A primeiro vítima, José Amadeu Gomes da Silva, desapareceu no dia 14 de dezembro de 2009 e foi encontrada morta por asfixia e em estado de decomposição no dia 25 de daquele mês, às margens do Córrego Queixada, na região do bairro Vila Rica, em Rondonópolis. Maria Teresa teria desaparecido um dia depois, 15 de dezembro, e foi localizada no dia 19, parcialmente enterrada, num terreno baldio, no bairro Novo Universitário, há aproximadamente três quadras de sua residência.
Conforme o delegado, Antonio Carlos de Araújo, foram seis meses de oitivas com diversas diligências policiais, até se chegar no autor do crime Claudiomiro Martins Mendes, já conhecido na polícia pelo crime de latrocínio( roubo seguido de morte), condenado 23 anos de prisão e há três meses estava em liberdade condicional.
"As investigações policiais referentes aos dois crimes decorreram de muitos mistérios, havendo a necessidade do uso de técnicas de investigações avançadas, a solicitação de diversas perícias a Politec e o apoio do núcleo de inteligência de Rondonópolis", disse o delegado.
A polícia apurou que Claudiomiro tinha um caso amoroso com a com vítima Maria Teresa Dickel e que ela não estava tendo um bom relacionamento com o seu marido, José Amadeu. Segundo a investigação, Maria Teresa teria um valor a receber junto ao Instituto Nacional de Seguridade Social ( INSS), no valor de R$ 17 mil e planejava fugir com Claudiomiro. A princípio a polícia suspeitava da participação do filho da vítima, mas ficou constatado, em tese, que ele não teve envolvimento.
De acordo com as apurações, os dois planejaram, então, a morte de José Amadeu e após temendo o desvendamento do crime, arrependido dos fatos, Claudiomiro executou Maria Teresa e procurou ocultar o cadáver enterrando-as com as próprias mãos.
Com a quebra de sigilo telefônico foi possível comprovar que Claudiomiro passou dois dias efetuando ligações com o aparelho de José Amadeu e depois vendeu o aparelho celular por R$ 40. O aparelho celular foi apreendido pela equipe da DCCP/CISC.
Claudiomiro Mendes confessou o crime. Ele foi indiciado por duplo homicídio qualificado e também, pelo crime de ocultação de cadáver. Como já havia uma prisão temporária em seu nome o delegado Antonio Carlos de Araújo pediu desta vez a prisão preventiva para que ele responda o processo preso.