A Polícia Civil iniciou, há pouco, a Operação Recovery, para cumprir 94 mandados judiciais, sendo 34 de prisões (27 já foram presos), 15 de quebra de sigilo bancário, sequestro de veículos e bloqueio de R$ 1 milhão na investigação que apura crimes de associação para tráfico, tráfico e lavagem de dinheiro contra integrantes de facção criminosa em Sorriso. São 170 policiais civis cumprindo as ordens.
A assessoria informa que “três traficantes identificados na investigação lideram a venda” em vários bairros e “todo pequeno traficante da cidade de Sorriso devia obediência e o pagamento de taxas à facção criminosa responsável pelo território em que atua, integrando ou não o grupo criminoso”.
A investigação da Polícia Civil constatou que toda a “movimentação era registrada em planilhas com a quantidade de entorpecente encomendada e vendida”. “Já o dinheiro da distribuição da droga era movimentado pelo traficante e líder intelectual do grupo”,” que também recebia as taxas pagas” e o dinheiro “era encaminhado à conta de uma mulher, também alvo da operação pelo crime de lavagem de capitais”.
“Os dois principais acusados de tráfico são investigados por lavagem de capitais e a polícia identificou que o dinheiro era pulverizado em diversas contas de “laranjas”. Outras mulheres investigadas atuariam “não apenas na lavagem de ativos ilícitos da associação, bem como desfrutam da luxuosa vida que o dinheiro sujo. Duas delas são da mesma família e acusadas de fazer lavagem de dinheiro. Outras mulheres investigadas cediam contas bancárias para receber e realizar pagamentos de negociações. Uma delas havia sido presa e foi colocada recentemente em liberdade provisória, informa a assessoria.
A Polícia Civil apurou que um homem, que residiria em Sinop, “e com extenso histórico criminal, fez a venda de “três armas de fogo e ofertou outros diversos armamentos à associação investigada”.
A diretoria da Polícia Civil destaca que a operação, coordenada pela delegacia da Polícia Civil de Sorriso é uma resposta dura do Estado à atuação do grupo criminoso que vem atuando de forma endêmica no comércio de drogas.
O delegado Bruno França declarou, através da assessoria, que “a associação criminosa investigada atua de forma endêmica, constante e vultosa no comércio de diversos tipos de drogas na cidade de Sorriso, principalmente cloridrato de cocaína, pasta base de cocaína, ecstasy e maconha. É importante que seja lembrado o que representa o tráfico de drogas em uma análise macroscópica do combate ao crime, com o recrutamento de jovens, ainda menores de idade, para trabalhar no transporte e comércio de entorpecentes, causando danos não só à geração contemporânea, mas também destruindo a geração futura”. Ele acrescentou, em entrevista coletiva, que “essa é só a primeira fase da operação porque a intenção é retomar a força, o controle da segurança pública a gente reconhece que os números, principalmente vinculados aos homicídios na cidade não são aceitáveis e são vinculados a guerra das facções pelo tráfico”.
O cumprimento dos mandados envolve equipes policiais das Diretorias do Interior, Metropolitana e de Atividades Especiais da Polícia Civil e do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) de Sorriso.
O delegado Eugênio Rudy explicou, em entrevista coletiva, que foram cumpridos “sete mandados relativos a homicídios, dos quais um adolescente foi apreendido e encaminhado a Sinop, onde ficará internado provisoriamente e outros mandados relativos a pessoas adultas que estão envolvidas com homicídios em Sorriso. Sabemos que o combate a essas facções devem acontecer especialmente ao que tange o tráfico de drogas porque o fim é o homicídio, mas o meio e início de tudo é o tráfico e é isso que fomenta o crime aqui”.
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