A Polícia Civil deflagrou, esta manhã, a segunda fase da operação Gênesis para cumprir 54 mandados de prisão preventiva e 43 de busca e apreensão contra uma organização criminosa criada para aplicar golpes virtuais. Os criminosos também praticavam a lavagem de capitais para despistar a origem ilícita dos valores e, além das prisões e buscas, serão cumpridos também o bloqueio, sequestro e indisponibilidade de bens e valores dos investigados. Os mandados são cumprido em Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger e Cáceres.
O inquérito que originou a operação foi instaurado pela Delegacia Especializada em Estelionato e Outras Fraudes,, após a informação de que o investigado O.J.O.S.M., morador do bairro Despraiado, na Capital, estava aplicando diversos golpes na modalidade fraude eletrônica. Ele usava contas bancárias digitais de terceiros para receber o dinheiro dos golpes aplicados, entre eles o do ‘perfil falso de aplicativo de mensagens’ e do ‘falso intermediador de vendas’.
Para executar as ações criminosas, o suspeito recrutava pessoas para que abrissem contas bancárias e, após a abertura das contas, ele passava a administrá-las, instalando os aplicativos dos bancos em seu aparelho telefônico. O dinheiro dos golpes passava a ser depositado nessas contas e, na sequência, era sacado ou transferido para outras contas pelo próprio golpista ou por seus comparsas.
No decorrer da investigação, foi identificado outras pessoas que, de alguma forma, estariam associadas para a prática dos golpes. Em julho do ano passado, foram cumpridas várias buscas sendo que nesta oportunidade diversos eletrônicos foram apreendidos. Os conteúdos foram analisados pelo Núcleo de Inteligência da delegacia e resultaram em material probatório que deu base à operação.
“Além da identificação de vários golpes aplicados pelos suspeitos, a investigação apurou a existência de não apenas uma associação criminosa, sendo possível delimitar os contornos de uma verdadeira organização criminosa e, com a divisão de tarefas entre seus membros, instalada para a prática de fraudes eletrônicas”, explicou o delegado Pablo Carneiro.
A investigação identificou vítimas da organização criminosa em, ao menos, 13 estados brasileiros: Roraima, Distrito Federal, Bahia, São Paulo, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Maranhão, Tocantins, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Mato Grosso do Sul.
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