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Polícia Civil confirma que esquema em concurso de prefeitura em MT definiu lista com ordem de colocação dos aprovados 

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Redação Só Notícias (foto: assessoria)

A Polícia Civil confirmou que a investigação para apurar fraude no concurso público da prefeitura de Mirassol D’Oeste (300 km de Cuiabá), realizado no ano passado por uma empresa sediada em Cuiabá, apurou que o operador do esquema criminoso tinha, meses antes da realização das provas, a lista com a classificação nominal e a definição por colocação nos cargos do certame público. 

“As diligências realizadas apontaram que no dia 21 de janeiro do ano passado, ou seja, antes mesmo da aplicação das provas do concurso, que ocorreu em fevereiro do ano passado, o operador do esquema já estava com a relação dos 35 aprovados. Mas as provas só seriam realizadas mais um mês depois, em 27 de fevereiro”.  

Segundo a Polícia Civil, as informações constam na análise realizada no aparelho celular de J.R.P., apontado como operador do esquema criminoso, que teve prisão decretada e está foragido. O celular foi apreendido durante a investigação sobre o homicídio do advogado Francisco de Assis da Silva, em São José dos Quatro Marcos. A vítima foi morta no dia 11 de outubro de 2021, na frente de seu escritório, por dois atiradores. “A Polícia Civil reuniu evidências de que o suspeito foi o mandante do crime”.  

Segundo a investigação, a lista foi encontrada no celular de J.R.P. e mostra os nomes dos candidatos ao concurso com a ordem de classificação dos cargos. Por exemplo, junto ao nome de um candidato ao cargo de Fiscal de Obras e Postura constava uma observação: ‘não precisa ser primeiro’. 

Outra candidata ao cargo de enfermeira estava com uma observação ‘sexto’, enquanto outra, para enfermeira em PSF havia o lembrete ‘primeiro’. Junto aos nomes de outros três candidatos ‘aprovados’ para o cargo de odontólogo constavam as observações de ‘primeiro, segundo e terceiro’. 

O esquema foi investigado na operação Ápate, deflagrada pela Polícia Civil, que cumpriu 84 mandados judiciais expedidos pela Justiça, entre prisões, buscas, bloqueio de bens e suspensões de atividades econômicas e de cargo. Um dos alvos da operação, sócio da empresa realizadora do concurso, teve a prisão revogada pelo Tribunal de Justiça que manteve, contudo, a suspensão de todas as empresas ligadas a ele. 

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