A assessoria da Polícia Civil confirmou, ontem, que uma advogada, de 44 anos, foi presa na região de Barra do Bugres (515 quilômetros ao Médio Norte de Cuiabá) por ser suspeita de apropriação indébita majorada praticado contra uma cliente. A delegacia instaurou um inquérito para apurar a situação de uma vítima que contratou os serviços da advogada para ingressar com uma ação de concessão de benefício assistencial e após a causa ganha, a profissional se apropriou indevidamente do valor da ação.
Após a investigação, o delegado Rodolpho Bandeira representou pela prisão da advogada, sendo o pedido deferido pela 3ª Vara Criminal da Comarca de Barra do Bugres. Em março deste ano, a Polícia Civil foi informada que a vítima, mãe de uma criança com paralisia cerebral, havia contratado em 2016, os serviços da advogada para mover uma ação requerendo benefício de assistência ao filho, que tem deficiência.
O processo transitou em julgado (quando não cabe mais recurso, com sentença definitiva) no mês de setembro de 2018. Desde então, a mãe da criança vinha tentando obter informações sobre a ação com a advogada, inclusive sobre os valores a serem recebidos, mas a profissional sempre se “esquivava”, a ponto de ignorar as mensagens recebidas e não dava nenhuma satisfação para a cliente.
A mãe da criança então procurou o fórum de Barra do Bugres e descobriu que a advogada já teria resgatado todo o valor da causa no dia 23 de novembro do mesmo ano, ou seja, dois meses depois de ganharem a ação. Inconformada com a falta de ética e profissionalismo da advogada, a mãe da criança procurou a Polícia Civil.
A partir das informações levadas pela cliente, a delegacia passou a investigar o caso e verificou que a advogada já responde a outro inquérito policial utilizando-se do mesmo modus operandi, além de estar vinculada como suspeita em vários boletins de ocorrência.
Depois da representação do delegado pela prisão e deferimento pela Justiça, os investigadores de Barra do Bugres apuraram que advogada teria se mudado da cidade e estava residindo e trabalhando em Confresa, na região do Araguaia, atuando como assessora jurídica em um órgão do município.
A equipe policial entrou em contato com a Delegacia de Confresa, que fez a prisão da profissional na manhã desta quinta-feira e colocando-a à disposição do Poder Judiciário.
A Polícia Civil detalhou que a advogada será indiciada pelo crime de apropriação indébita majorada, em razão da profissão.
As informações são da assessoria da Polícia Civil.