Dezessete delegacias da região metropolitana iniciaram hoje mutirões para colocar em dia os procedimentos policiais, entre eles inquéritos policiais, termos circunstanciados de ocorrência e boletins de ocorrências, que não tiveram providências adotadas, nos últimos dois meses, devido a greve dos investigadores e escrivães.
Para agilizar os procedimentos acumulados, as unidades contam com reforços de alunos do curso de formação da Academia da Polícia Civil, que foram escalados para ajudar. As horas trabalhadas serão computadas no estágio.
Em Cuiabá, a Delegacia Especializada de Defesa da Mulher, da Criança e do Idoso, vem se preparando desde a semana passada. Para dar conta da demanda e atender o público diferenciado, a unidade vai trabalhar, nesta semana, em regime especial – das 7 às 19 horas. Serão 12 horas para atender vítimas, especialmente as de crimes contra a dignidade sexual. Os policiais vão trabalhar em turnos, inclusive no horário do almoço, quando a procura é maior. "Queremos ouvir as pessoas que têm dificuldade de comparecer no horário comercial", disse a delegada titular Daniela Maidel.
Outra unidade que passará a semana em regime de mutirão é a Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP). O delegado titular da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção a Pessoa (DHPP), Antônio Carlos Garcia de Matos, disse que todos os crimes de homicídios tiveram portarias baixadas durante a paralisação, mas algumas diligências deixaram de ser cumpridas e isso deverá ser feito agora pelos policiais. "A Delegacia vai ser remontada no sentido de dar andamento a esse trabalho", afirmou.
A delegacia não informou se no interior também haverá mutirão para colocar procedimentos em dia.