O inquérito sobre o roubo de um avião monomotor em Sinop ainda não foi concluído pela Polícia Civil de Campo Novo do Parecis. Há a possibilidade das investigações finalizarem no próximo mês. O atraso ocorreu devido ao delegado Adil Pinheiro, responsável pelo caso, estar de férias. A Polícia Federal de Sinop também não confirmou se irá pedir que o caso seja remetido à unidade.
A aeronave avaliada em R$ 1 milhão é de um empresário em Guarantã do Norte, pousou em um aeródromo em Sinop no dia 19 do mês passado para abastecer quando o piloto foi dominado e obrigado a decolar com dois assaltantes. No entanto, a aeronave ficou sem combustível e o piloto precisou realizar um pouso forçado em Campo Novo do Parecis. O piloto foi abandonado e não ficou ferido.
Um dia depois, policiais prenderam um brasileiro de 22 anos e um boliviano de 39 anos suspeitos de praticarem o assalto em Sinop. “Os presos relataram que venderiam o avião, na Bolívia, por R$ 60 mil. (Em Sinop) Ficaram em um milharal (dois dias) nas proximidades do aeródromo (às margens da rodovia Sinop-Santa Carmem) esperando por qualquer avião pousar. O que foi levado não era o alvo deles", disse o escrivão da Polícia Civil de Campo Novo dos Parecis, Juliano Peterson da Silva, na oportunidade, ao mencionar as explicações dos suspeitos.
Ano passado, em abril, ladrões roubaram um Cessna 206, em outro aeródromo (MT-140) Sinop-Santa Carmem. Os bandidos chegaram em uma caminhonete, dominaram o piloto, dois pedreiros, abasteceram a aeronave e um piloto integrante da quadrilha decolou. Eles levaram tambores com combustível e abasteceram. O avião também teria sido levado para a Bolívia.
Em maio, do ano passado, ladrões voltaram a agir em aeródromo sinopense e tentaram levar outro avião. Houve troca de tiros com a Polícia Federal e um policial foi morto. A PF prendeu seis envolvidos e o suspeito de liderar o grupo acabou morrendo, cerca de uma semana depois, em troca de tiros com policiais, em uma residência em Sinop.