Os 55 quilos de um pó branco apreedidos com um os assaltantes do banco do Brasil em Campo Novo do Parecis (396 Km a noroeste de Cuiabá) foi identificado pela perícia oficial criminal como fenacetina, material pouco utilizado no Brasil, e proibido em outros países até mesmo como medicamento devido os efeitos colaterais que causa quando utilizado em grandes proporções. A suspeita é de que a substância fosse utilizada para adulterar cocaína e por esse motivo, o suspeito detido com a substância será indiciado por tráfico de drogas.
Responsável pelo laudo, o perito Alisson Fagner dos Santos, explica que a substância é um analgésico que, se utilizado em grande quantidade, pode causar disfunção da medula óssea e danos ao fígado e aos rins. "Esse material pode ser e ainda é utilizado para fabricar alguns remédios no Brasil, mas em outros países ele é totalmente proibido por causa dos efeitos colaterais que pode provocar quando utilizado em excesso".
O caso está sendo analisado pelo promotor de justiça Arnaldo Justino da Silva, que atua no Grupo de Combate Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) responsável pela operação que culminou nas prisões dos acusados e apreensão da substância química que causou surpresa não apenas pela raridade da substância no Brasil, mas também pela quantidade e a pureza do material.