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PMs acusados de espancar homem que está na UTI em Sinop; major nega

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Familiares de Juliano Ferreira da Cruz, de 21 anos internado na UTI de um hospital acusam alguns soldados da PM de terem lhe espancado e causado diversos ferimentos. Segundo a esposa, Juliano foi encaminhado, sábado à tarde, ao Pronto Atendimento. A mulher alega que a família “tem testemunhas que viram ele ser parado pela guarnição, no Menino Jesus, e espancado, na rua. Ele saiu de casa pra ver um amigo e agora está desse jeito, em coma, todo machucado, respirando com um balão de oxigênio. Sábado os médicos tiraram mais de 100 ml de sangue do pulmão. Ele também está com hemorragia interna. Tudo o que queremos é justiça, saber o que aconteceu de verdade”, acrescentou a esposa, que prefere não ser identificada. De acordo com ela, a família e testemunhas procuraram a delegacia de Polícia Civil ontem para registrar um boletim de ocorrência. Eles também teriam encaminhado uma denúncia ao Ministério Público.  A família informou também que peritos do Instituto Médico Legal estiveram no hospital.  No boletim médico consta que o estado do paciente é grave, está em coma e respira com o auxílio de aparelhos.

Outro lado
Agora há pouco, o responsável pelo Comando de Policiamento de Área (CPA), major Aurélio Vilas Boas, informou que ao ser abordado, foi encontrada uma pequena quantia de entorpecentes com Juliano. Ele teria confessado dispor de uma quantia maior escondida nas proximidades de um lago no Menino Jesus. Levado até o local, os policiais relataram que, mesmo algemado, ele tentou fugir entrando na água. Nesse momento, teria passado mal e foi socorrido pelos PMs que após a realização de massagem cardio respiratória o encaminharam ao PA. “Talvez, o que pode ter acontecido é ele ter se machucado durante a respiração”, detalhou. Segundo o major, há testemunha da operação e, no momento da abordagem, haveria outro jovem com ele, que acabou liberado.

Vilas Boas apontou que, no dia anterior, o jovem teria se envolvido em uma briga, na região do bairro São Cristovão. Ele disse que a denúncia apresentada pela família será investigada pela Polícia Civil e também por uma sindicância interna da PM.

Segundo o major, Juliano já tem antecedentes por envolvimento com drogas. A moto do jovem está no CISC (Centro Integrado de Segurança e Cidadania) a disposição dos familiares.

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