quinta-feira, 19/setembro/2024
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PM e ex-candidato denunciados por morte de grávida no Estado

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O policial militar, Claudemir Souza Sales, 30, e o ex-candidato a deputado estadual, Davi Nascimento, 27, foram denunciados por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e que impossibilitou a defesa) da corretora Ana Cristina Wommer, 24, pelo aborto provocado na vítima grávida de 8 meses, resultando na morte da recém-nascida Maria Eduarda, e ocultação de cadáver das duas. O corpo de Ana Cristina foi encontrado no km 5 da BR-364, na região Sul da Capital, 2 dias depois de seu desaparecimento. Dentro da roupa da vítima estava a criança, que morreu por falta de assistência médica, após o nascimento.

Nascimento foi preso no dia 3 de novembro apontado pela Polícia como co-autor de Sales. O PM, que era amante de Ana Cristina, foi detido logo após os crimes, cometidos em 22 de agosto.

O laudo da necropsia mostrou que a mulher foi sufocada, provocando a antecipação do parto e sua morte em decorrência de hemorragia pela falta de atendimento adequado. O exame de DNA feito na criança que Ana Cristina esperava mostrou que a recém-nascida não era filha de Claudemir, como a mulher afirmava.

O assassinato da corretora pode ter sido planejada pelos 2 acusados. Conforme depoimento da esposa de Sales, o PM e Nascimento tiveram longa conversa no dia anterior ao crime, um sábado. Neste dia, eles teriam comentado sobre a venda do veículo Gol preto, que seria repassado para um cliente do ex-candidato. O automóvel foi usado para transportar os corpos das vítimas e vendido. O carro foi encontrado abandonado.

No domingo, quando Ana Cristina desapareceu e mandou mensagem a uma amiga avisando que estava com o amante. Sales e o ex-candidato a deputado também se encontraram. Porém, Nascimento afirma que estava em campanha eleitoral, no município de Nobres (146 km ao médio-norte de Cuiabá), na manhã do crime.

Para o titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), delegado Márcio Pieroni, que investigou o caso, os depoimentos dos acusados tiveram muitas contradições, inclusive contrariando as afirmações da esposa de Sales.

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