Uma pistola calibre 45, com oito munições, foi apreendida ontem de manhã, com o agente prisional José Eloir de Freitas, em Sinop. Conforme o boletim de ocorrência, José foi detido durante uma blitz da polícia, na estrada de acesso ao presídio Ferrugem. O agente teria entregue a arma para os policiais quando foi parado. Ele teria dito que estava indo para o trabalho e foi liberado. Como não tinha porte, o agente deveria ter sido preso mas, estranhamente, a PM acabou liberando ele. Em situações semelhantes, a polícia já prendeu em flagrante diversas outras pessoas. Porém, eram ‘cidadãos comuns’ e que continuam respondendo processos.
O diretor do presídio, Silas Parra Teixeira, disse, ao Só Notícias, que desconhece se o agente usava arma e se tinha autorização de porte legal. “Oficialmente eu não conheço”, afirmou. Ele acrescentou que cabe a polícia investigar o caso. O delegado Thormires Godói informou que recebeu a arma apreendida e o registro da ocorrência e abrirá o inquérito por porte ilegal de arma. Ele explicou que o agente não será indiciado em flagrante porque não houve prisão.
Ao ser questionado sobre o caso, o comandante da Polícia Militar, tenente-coronel Edie Metelo, alegou que os procedimentos foram feitos “dentro da normalidade” e que o agente foi liberado porque estava se dirigindo ao local de trabalho. Só Notícias apurou que agentes prisionais não têm autorização para portar armas.
Denúncia
Anexo ao boletim de ocorrência, sobre o porte ilegal de arma, tinha uma cópia de um ofício encaminhado à gerência de inteligência, no dia 17 de março deste ano, em que o diretor do presídio Ferrugem, Silas Parra Teixeira, informava o comportamento de alguns agentes. Ele citava que haviam informações que um agente iria repassar uma arma para um reeducando.
Silas disse que são apenas denúncias que ainda serão apuradas pelo serviço de inteligência.