O aposentado Lauro Galdino Pedro, 79, morreu na manhã da última quinta-feira (16) após ser atacado por um cachorro Pit Bull no município de Apiacás, distante cerca de 200 quilômetros de Alta Floresta. Lauro foi mordido nas costas e numa das coxas. Na perna, a mordida do animal alcançou a veia artéria, provocando hemorragia e causando-lhe a morte horas depois do ataque.
Segundo familiares de Lauro Galdino que moram em Alta Floresta, o aposentado estava indo à igreja logo de madrugada, para participar das celebrações do dia de Corpus Christi. Quando passava em frente a um posto de combustível, o cachorro teria escapado, indo em sua direção. O aposentado tinha em suas mãos um pedaço de madeira, que teria sido usado para defesa contra o animal enfurecido.
A filha de Lauro Galdino, Bernadete Luedke, que reside em Alta Floresta, ficou revoltada com o ocorrido. Ela pediu que as autoridades punam os donos do cachorro e com isso evitem que outras pessoas venham a ser atacadas.
“Eu estou revoltada. Eu não sei o que vão com esse cachorro, pode atacar até uma criança. Eu estou indignada”, lamentou.
Bernadete ainda não tinha em mãos o Boletim de Ocorrências da Polícia Militar de Apiacás e não sabia quem era o dono do animal. Segundo ela, um de seus cunhados conversou com pessoas no município aonde o pai morava e disse que os gastos com o translado do corpo e todas as despesas médicas do atendimento prestado a Lauro Galdino seriam pagas pelo dono do animal.
Outra reclamação é quanto ao translado do corpo até Alta Floresta, onde Lauro foi sepultado. O caixão foi trazido em uma camioneta, chegando no município em estado lastimável. Mal chegou ao município e teve que ser sepultado no cemitério municipal.
“Chegou aqui muito sujo, muito feio, foi horrível pra gente que é filha. Do jeito que o meu pai gostava de igreja, vivia na igreja, como é que não deu nem pra ficar na igreja um pouco? Isso é muito triste pra mim, é muito revoltante”.
Dias antes de ser atacado e morto, o aposentado tinha ido visitar parentes no Paraná e em Santa Catarina, pessoas que não via havia 40 anos. Com propriedade em Apiacás, Lauro Galdino estava preste a mudar para Alta Floresta, já que tentava negociar a área de terra no município vizinho.