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PF seqüestra fazenda em MT que pode ter sido comprada com dinheiro roubado do BC

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A Polícia Federal cumpriu um mandado de busca e apreensão e outro de seqüestro de bens relacionados a uma fazenda localizada a 25 km do centro de Rondonópolis – a 500 metros da entrada do Distrito de Nova Galiléia, na Rodovia MT-270, que liga o Município a Guiratinga. A fazenda, segundo a PF, foi adquirida por mais de R$ 500 mil, parte do dinheiro pode ser relativo ao assaltoà agência do Banco Central, em agosto do ano passado, em Fortaleza (CE). A PF também apreendeu um automóvel EcoEsporte, que teria sido comprado em Rondonópolis também com o dinheiro suspeito do assalto.

Os indícios de ligação da fazenda (de 125 hectares e com 182 cabeças de gado) com o assalto estão no fato de o imóvel ter sido comprado por Jiovan Laurindo Costa, 33, preso na noite de sexta-feira em São Paulo. Ele é acusado de lavar o dinheiro do assalto e também de ter ligações com a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

“Há muitos indícios das ligações dele com o PCC”, disse o delegado Ramón Almeida Silva, que veio de Cuiabá com quatro agentes e comandou a operação, no sábado, por volta do meio-dia.

O trabalho da Polícia Federal em Rondonópolis fez parte da Operação Toupeira, deflagrada na sexta-feira, em Porto Alegre (RS), quando 26 pessoas foram presas escavando um túnel no centro de Porto Alegre, com a intenção de assaltar duas agências bancárias – o Banrisul e a Caixa Econômica Federal. Em Mato Grosso, a operação concentrou os esforços nesta ação em Rondonópolis.

De acordo com a Polícia Federal, Jiovan Costa passou alguns meses em Rondonópolis, onde mora um irmão, cujo nome não foi divulgado. Ele seria sócio de Jiovan. Na sexta-feira, antes da operação, segundo informações de vizinhos da fazenda, o irmão foi ao local para levar pelo menos 20 cabeças de gado e colocar marcas nos animais. “Essa área, a partir de agora, servirá para ressarcir a União sobre a parte que a ela cabe no dinheiro do assalto ao Banco Central, em Fortaleza”, afirmou o delegado Ramon Silva.

A fazenda foi comprada de um empresário da região, há pelo menos três meses, mas ainda não se sabe qual foi a forma de pagamento dos cerca de R$ 500 mil. A área onde está localizada a fazenda é considerada uma das mais valorizadas no Sul de Mato Grosso, uma das maiores regiões produtoras do Estado.

O delegado Ramon Silva revelou que Jiovan Laurindo, contra quem tinha um mandado de prisão, utilizava um nome falso. Ele se passava por Giovane Ferreira da Silva e contratou uma pessoa para cuidar da fazenda, com um salário mensal de R$ 200.

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