A Polícia Federal prendeu mais de 60 pessoas, este ano, em 7 operações deflagradas pela superintendência Mato Grosso. Ao menos 3 eram servidores públicos. As investigações abrangeram desde extração clandestina de ouro em terras indígenas a fraudes na Previdência Social.
O número de ações poderia ter sido maior se não fossem os 70 dias em que os agentes permaneceram em greve. Eles cobravam do governo federal a recomposição salarial, após vários anos de perdas acumuladas, além da reestruturação da carreira. A paralisação, considerada a maior da PF, ocorreu em todos os estados.
Mesmo assim, a avaliação das atividades pode ser considerada positiva. A principal operação foi registrada em novembro e resultou na prisão de 18 pessoas, acusadas de participação em um esquema que extraía ouro clandestinamente e o vendia na bolsa de valores.
Após a conclusão do inquérito, o Ministério Público Federal decidiu denunciar 30 pessoas, entre índios, empresários e servidores públicos federais.