A Polícia Federal deflagrou esta manhã a operação Munduruku Log visando combater atos criminosos que subsidiam a logística do garimpo ilegal no interior da Terra Indígena Munduruku, em Jacareacanga (1.637 km de Belém). Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão a empresários nos municípios paraenses de Jacareacanga, Santarém, Itaituba e Novo Progresso, além de Sinop e Alta Floresta, no Mato Grosso, e Porto Velho, em Rondônia.
Durante a operação, foram apreendidos veículos de luxo, motocicletas de grande cilindrada, documentos, joias e ouro, segundo a PF, “provavelmente extraído ilegalmente da Terra Indígena Munduruku”. Além disso, houve o bloqueio de bens e contas bancárias dos investigados, totalizando cerca de R$ 24 milhões.
A PF informou que as investigações começaram com a identificação de comércios em Jacareacanga que davam suporte à extração ilegal de ouro dentro da Terra Indígena, fornecendo combustível para balsas e escavadeiras hidráulicas, transportando maquinários pesados pelos rios da região, facilitando o transporte aéreo do ouro por pistas de pouso clandestinas e viabilizando sua comercialização no mercado negro.
Com o início da Desintrusão da TI Munduruku em novembro do ano passado e a prisão de diversas pessoas envolvidas com o garimpo ilegal, verificou-se que os investigados migraram para outras cidades do Pará e até para outros Estados para evitar serem localizados pela Polícia Federal, incluindo o Mato Grosso.
No entanto, todos os investigados foram localizados e responderão criminalmente pelos danos ambientais, pela usurpação de bens públicos da União e pelos crimes contra o povo indígena Munduruku, incluindo a violação de sua terra, cultura e costumes. Penas que somadas podem chegar a 12 anos de prisão, concluiu a PF.
Em instantes mais detalhes
Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.