Vinte e duas pessoas suspeitas de fraudar a previdência já foram ouvidas desde a deflagração da Operação Bengala na última quinta-feira. Foram ouvidos médicos que não são servidores do INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social), chamados médicos assistentes, segurados, peritos e parentes de segurados da previdência. Quatro pessoas já foram indiciadas por formação de quadrilha, falsificação de atestado médico e estelionato previdenciário. 11 segurados foram periciados por médicos peritos da Força Tarefa Previdenciária. Destes, em apenas dois casos, foi observada doença incapacitante para o trabalho.
A Justiça Federal concedeu a prorrogação do mandado de prisão temporária dos dois acusados que foram presos na deflagração e que comprovadamente poderiam afetar o andamento das investigações se estivessem soltos.
A PF não descarta a hipótese de indiciamento de servidores do quadro do INSS, mas isso ainda não ocorreu, pois existem várias diligências em andamento, como perícias técnicas, juntadas de documentos e oitivas.
Os médicos indiciados até o momento, conhecidos como médicos assistentes, são de fora do quadro do INSS e emitiram atestados ideologicamente falsos. Já os peritos do INSS são médicos do órgão são médicos peritos e têm a função de examinar a veracidade do diagnóstico declarado nos atestados encaminhados e se essa doença torna o segurado incapaz para o trabalho.
A Polícia Federal enviou à Gerência Executiva do INSS cópia das declarações dos beneficiários para providências administrativas cabíveis.