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PF faz operação em Mato Grosso e mais 2 Estados combatendo contrabando e lavagem de dinheiro

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A Polícia Federal deflagrou, esta manhã, a operação Ixtab para prender contrabandistas de cigarros e envolvidos em lavagem de dinheiro no Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás. Cerca de 175 policiais cumprem 12 mandados de prisões preventivas, 46 mandados de buscas e apreensões e 15 de condução coercitiva nos três Estados, além de 28 cautelares pessoais diversas da prisão, como proibição de qualquer viagem para o Paraguai ou para a cidade de Ponta Porã (MS);  obrigação de, para viagens superiores a sete dias, requerer previamente autorização do juízo; obrigação de comparecerem em juízo ou perante à autoridade policial para os atos do processo ou inquérito sempre que para tanto intimados; advertência de que poderá ser decretada a prisão preventiva caso descumprida qualquer das condições mencionadas.

As investigações tiveram início em 2015, a partir da prisão em flagrante de dois alvos da operação pela prática do crime de contrabando de cigarros, ocasião em que teriam sido surpreendidos transportando 36 caixas de cigarros contrabandeados do Paraguai, além de arrecadarem anotações financeiras as quais revelaram uma movimentação do grupo em torno de R$ 1 milhão, somente no ano de 2015.

A organização criminosa tem uma estrutura ordenada e caracterizada pela divisão de tarefas, tendo movimentado em torno de R$ 20 milhões em decorrência da elevadíssima quantidade de cigarros contrabandeados comercializados (por volta de 20 mil caixas no período de novembro de 2015 a novembro de 2016).

O grupo agia de maneira organizada: parte dos integrantes adquiria cigarros no Paraguai para abastecimento dos grandes fornecedores, estes, por sua vez, abasteciam outros fornecedores em Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. As investigações apontam que um dos investigados teria movimentado mais de R$ 1 milhão em depósitos bancários em um período de apenas três meses. Também faziam parte do esquema motoristas e ‘batedores’ que – a serviço dos grandes compradores – realizavam as viagens ao Paraguai para aquisição de cigarros.

A organização também mantinha um imóvel que servia de base operacional no Distrito de Vila Vargas, município de Dourados (MS), local onde os investigados passavam a noite para seguirem viagem no dia seguinte.

O nome da operação é uma alusão à deusa maia IXTAB (guardiã dos suicidas) – analogia ao fato de que os fumantes estariam cometendo uma forma lenta de suicídio ao consumirem os cigarros importados ilegalmente do Paraguai.  

A informação é da assessoria da PF.

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