Balanço parcial da Operação Adamas, da Polícia Federal, divulgado há instantes, aponta que dos 36 mandados de prisões e buscas e apreensões, dos 63 expedidos, foram cumpridos hoje visando combater à extração e comercialização ilegal de diamantes provenientes do garimpo da Reserva Indígena Roosevelt, município de Espigão do Oeste em Rondônia, e mobilizou policiais em Rondônia, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Distrito Federal, Goiás e São Paulo. Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal de Cuiabá e Ji-Paraná (RO).
Em Espígão do Oeste (RO) foram cumpridos dois mandados de prisão temporária cumpridos e quatro mandados de busca e apreensão; em Cacoal (RO), dois mandados de busca; em Juína (MT), um mandado de busca e apreensão e um mandado de condução coercitiva; em Cuiabá, um mandado de busca e apreensão; em Belo Horizonte (MG), dois mandados de busca e apreensão e dois mandados de condução coercitiva; em Patos de Minas, dois mandados de prisão temporária e seis mandados de busca e apreensão. Em Patos de Minas, também foram apreendidos diamantes, um notebook, uma espingarda, e uma pistola calibre 22.
Em Coromandel (MG), um mandado de busca e aprensão; em São Paulo (SP), um mandado de prisão e um mandado de busca e aprensão; em Franca (SP), um mandado de busca e aprensão; em Dourados (MS), um mandado de busca e aprensão; em Goiânia, um mandado de busca e aprensão. Deste mandado decorreu uma prisão em flagrante, pois o investigado estava com esmeraldas supostamente extraídas em Reserva ambiental.
Já em Brasília, quatro mandados de busca e apreensão, dois mandados de prisão temporária e uma prisão em flagrante. Na cidade também foram apreendidas gemas de pesos variados.
Foi mobilizado um efetivo de cerca de 200 policiais federais para a operação, que teve como objetivo o cumprimento de 16 mandados de prisão temporária, 2 mandados de prisão preventiva e 45 mandados de busca e apreensão.
De acordo com a assessoria de imprensa da PF de Mato Grosso, o material apreendido não foi todo relacionado ainda, mas entre eles estão diamantes, rubis, esmeraldas, pelo menos um notebook , documentos diversos, armas e dinheiro. A pesagem e valor de mercado dos materiais depende de perícia posterior. O nome da operação vem do grego Adamas, que significa “indomável” ou “inflexível”, termo usado por escritores gregos para definir pedra de dureza “impenetrável”, como o diamante.
Os presos deverão responder pelos crimes dos artigos 2º, caput e §1º da Lei 8.176/91 (usurpação de bem da União); 55 da Lei 9.605/98 (extração ilegal de minerais); 180, §§1º e 2º (receptação qualificada); 288 (quadrilha ou bando); 299 (falsidade ideológica) e 347, parágrafo único (fraude processual qualificada), todos do Código Penal.
(Atualizada às 19h37)