A Polícia Federal em Mato Grosso desencadeou, hoje, a Operação Bismarck para combater fraudes em saque do seguro desemprego no Mato Grosso e mais 8 Estados. 78 mandados foram expedidos pela justiça da 5ª Vara Federal em Cuiabá, requeridos pela Polícia Federal, sendo 50 de prisão temporária e 28 de busca e apreensão. Dos indiciados, três são ex-funcionários do Ministério do Trabalho e Emprego e dois já trabalharam na Caixa Econômica Federal. A PF informou ao Só Notícias que 17 pessoas foram presas até agora. 14 foram pegas em Cuiabá e Várzea Grande, onde outras duas já estavam na cadeia e acabaram sendo notificadas de novos mandados de prisão. Em Cáceres, a PF pegou um envolvido e outro em Rondonópolis.
O principal crime pelo qual foram indiciados é estelionato, falsidade ideológica e de documentos públicos. A fraude lesava a Caixa Econômica Federal e Ministério do Trabalho. Havia facilidade de acesso de empregados das duas instituições ao sistema de seguro desempreo. O crime consistia em obter informações sobre parcelas de seguro para serem recebidas através da Caixa e do ministério. “Após isso, os criminosos falsificavam documentos das pessoas que tinham direito ao Seguro Desemprego e sacavam o dinheiro. Quando o verdadeiro titular do direito ia realizar o saque, descobria a fraude, e o próprio Ministério do Trabalho pagava novamente o benefício”, informa a polícia.
As investigações iniciaram em 2008, através do próprio Ministério do Trabalho e Emprego, de onde surgiram várias denúncias da fraude, que contava com o apoio do empregados temporários da Caixa e do ministério. A polícia conseguiu identificar, até agora, prejuízos superiores a R$ 1,5 milhão por mês, durante as investigações. Apenas um dos fraudadores retirou, num único dia, o valor R$ 6 mil na Caixa Econômica. Segundo a representação, cada membro da quadrilha lucrava de R$ 15 a R$ 20 mil/ mês, com os saques indevidos.
A ação acontece também Minas Gerais, Rondônia, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Ceará, Paraíba e conta com o apoio logístico de Superintendências da Polícia Federal de vários Estados da Federação.
Além de quebra do sigilo, bancário, de comunicação eletrônica e bancário, utilizados durante o processo de investigação, a polícia representou pelo bloqueio das contas bancárias dos indiciados., informa a assessoria da superintendência da PF em Mato Grosso.
O nome da Operação Bismark faz referência ao estadista alemão Otton Von Bismark, criador de vários benefícios trabalhistas na Alemanha do século XIX.
(Atualizada às 14:44h)