A Polícia Federal deflagrou, hoje, a operação Castanheira com o objetivo de desarticular organização criminosa especializada em grilagem de terras e crimes ambientais na cidade de Novo Progresso, região sudoeste do Pará. Estão sendo cumpridos 40 mandados judiciais, entre 22 de busca e apreensão; 11 de prisão preventiva; três de prisão temporária; e quatro de condução coercitiva. Além de Novo Progresso/PA, diligências estão sendo realizadas também em cidades de São Paulo, Paraná e Mato Grosso.
Os envolvidos nas ações criminosas são considerados os maiores desmatadores da Floresta Amazônica brasileira. O dano ambiental causado por eles, estimado em perícias, ultrapassa R$ 500 milhões. A operação é resultado de uma investigação conjunta da Polícia Federal, do Ibama, da Receita Federal e do Ministério Público Federal.
Investigações apontaram que a quadrilha agia invadindo terras públicas (dentre elas, a Floresta Nacional do Jamanxim) e realizava desmatamentos e queimadas para formação de pastos. Posteriormente a área degradada era loteada e revendida a produtores e agropecuaristas.
Os envolvidos, na medida de suas participações, deverão ser indiciados pelos crimes de invasão de terras públicas, furto, crimes ambientais, falsificação de documentos, formação de quadrilha, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro. Somadas, as penas podem ultrapassar os 50 anos de reclusão aos condenados.
O nome da operação é uma alusão à árvore castanheira que é protegida por Lei e símbolo da Amazônia, abundante na região de Novo Progresso.