O inquérito policial cujas investigações culminaram na deflagração da Operação Pharisaios, foi concluído pela Polícia Federal e encaminhado para a Justiça Federal, denunciando acusados de extração, beneficiamento e comércio de madeiras retiradas, ilegalmente, da terra indígena Serra Morena, na região de Juína.
Foram indiciados 21 envolvidos – madeireiros, empresários e “laranjas” – por exploração ilegal de floresta de domínio público; danos em área de preservação permanente; transporte, comércio e estoque de produtos florestais sem licença válida do órgão ambiental; receptação qualificada; falsidade ideológica, uso de documento falso e formação de quadrilha armada.
Para acobertar a origem ilícita da madeira ilegalmente extraída, os integrantes de um dos núcleos da organização se valiam de fraudes no sistema SISFLORA, da SEMA, expedindo guias florestais ideologicamente falsas, apontando Planos de Manejo Florestais Sustentáveis (PMFS”s), aprovados pela SEMA, como origem dos produtos florestais.
Os planos de manejo eram utilizados apenas para a expedição de guias florestais “frias”, com vistas a “esquentar” as madeiras extraídas e permitir sua inserção no mercado.
No mesmo dia da conclusão das investigações, ante a comprovada materialidade dos crimes investigados e robustos indícios de autoria, foram decretadas 10 prisões preventivas pela Justiça Federal. Seis mandados de prisão preventiva foram cumpridos, estando quatro pessoas foragidas.
A Operação Pharisaios foi desencadeada no último dia 26 e, conforme Só Notícias já informou, foram cumpridos 6 mandados de prisão temporária, convertidos em prisão preventiva, e 24 de busca e apreensão.