Seis traficantes internacionais de drogas continuam sendo procurados pela Polícia Federal que, na semana passada, fez a Operação Hybris. Cinco são de Pontes e Lacerda (448 km a Oeste da dapital) e um de São Paulo e fazem parte da quadrilha da grife "Superman Pancadão" já movimentou cerca de R$ 30 milhões com o tráfico de drogas.
A justiça expediu 36 mandados de prisões preventivas, quatro temporárias e 48 de buscas e apreensões a serem cumpridos em Cuiabá, Cáceres, Vila Bela da Santíssima Trindade e Pontes e Lacerda, além de ordens judiciais determinadas para Minas Gerais, São Paulo, Tocantins e Minas Gerais.
Cerca de 3 mil cabeças de gado foram apreendidas em Pontes e Lacerda, 100 quilos de cocaína, relógios de luxo, veículos, dinheiro em espécie – tanto dólares quanto reais -.
Segundo polícia, a droga era transportada da Bolívia para o Brasil por avião e por tranporte terrestre, e a fronteira de Mato Grosso com o país vizinho. Era distribuída em Cáceres, Vila Bela, Lacerda e Cuiabá. O transporte da cocaína para os Estados era em carretas, carros e avião.
A PF investiga a quadrilha desde 2013 quando começou a Operação Sentinela, do Ministério da Justiça, que identificou um grupo criminoso dedicado ao tráfico de drogas atuando no município de Pontes e Lacerda e circunvizinhanças, responsável por frequentes carregamentos de cocaína oriunda da Bolívia para São Paulo, Minas Gerais, Maranhão, Goiás, Pará, Maranhão e para Europa. Para atestar a qualidade do produto, os criminosos rotulavam a droga com a imagem do personagem “Superman”, seguida da palavra “Pancadão”, que remete ao líder da organização, existindo outras apreensões no país e no exterior de drogas com esta marca não relacionadas à operação Hybris.
"A organização criminosa é fortemente estruturada e hierarquizada, com liderança firme e divisão de tarefas, incluindo a participação de casas de câmbio para a compra de dólares utilizados na negociação e a adoção de práticas violentas para aterrorizar inimigos e moradores da região de fronteira, possuindo ligações políticas que culminaram na utilização de empresas fantasmas e contratos com órgão público municipal para lavar o dinheiro obtido com o tráfico", informa a PF.
O nome da operação remete a um conceito grego que pode ser traduzido como "tudo que passa da medida, “descomedimento" e que atualmente alude a uma confiança excessiva, um orgulho exagerado, presunção, arrogância ou insolência, que com frequência termina sendo punida.