A operação Mintaka, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que distribuía valores mobiliários, foi deflagrada ontem. Segundo a Polícia Federal, a atividade era disfarçada de “marketing multinível”. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão em Mato Grosso, Espírito Santo, Paraíba e Bahia. Não foi informado em qual cidade mato-grossense foi cumprido o mandado.
Segundo nota da assessoria, investigações apontaram que o grupo anunciava lucros astronômicos para quem se filiasse à rede e adquirisse um determinado aplicativo de mensagens para smartphones, especialmente desenvolvido pelos envolvidos. O objetivo, contudo, conforme a Polícia Federal, não era vender o aplicativo, mas buscar arregimentar o maior número de pessoas. Para a PF, o produto era um artifício usado para dissimular a fraude.
Conforme anunciado na internet, o grupo teria escritórios em Belize, Hong Kong e Panamá e atuação em diversos países. A organização funcionou de novembro de 2014 a maio de 2015 e encerrou suas atividades logo após o líder da organização fugir país e ser preso por autoridades norte-americanas.
De acordo com a Polícia Federal, ao contrário de outras organizações que desenvolveram atividades ilícitas semelhantes às que estão sendo investigadas no inquérito policial em andamento, o grupo optou por não constituir no Brasil uma empresa formal para, com isso, dificultar a atividade dos órgãos de repressão.