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PF conclui operação contra crimes ambientais em terras indígenas no Nortão; máquinas e caminhões apreendidos

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Redação Só Notícias (fotos: assessoria)

A Polícia Federal, em ação conjunta com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis, concluiu no fim da tarde desta segunda-feira, uma grande operação de combate a crimes ambientais em terras indígenas. Foram reprimidas a extração ilegal de madeira e garimpos clandestinos.

As ações foram realizadas durante 15 dias em 21 pontos localizados na terra indígena Aripuanã localizada entre os municípios de Juína e Aripuanã (etnia Cinta Larga), terra indígena Menkü no município de Brasnorte (etnia Menķü) e no Parque Nacional do Xingu em Feliz Natal (etnia Ikpeng).

Onipresente é uma operação pertencente ao programa Guardiões do Bioma, do governo Federal e contou com dois helicópteros, 12 policiais federais e quatro fiscais do Ibama.

A escolha das localidades fiscalizadas foi feita através de monitoramento via satélite no sistema Planet que é capaz de detectar desmatamentos em áreas tão pequenas quanto um quintal de uma casa. Dessa forma, foi possível uma ação assertiva e eficiente.

Como resultado da operação foram apreendidos documentos, celulares, sete escavadeiras hidráulicas, três caminhões, sete tratores, doze motocicletas e trinta motores estacionários utilizados na lavagem do solo, além da destruição de diversos acampamentos que davam suporte para os crimes.

As escavadeiras e veículos que estavam em situação precária de conservação ou em locais de difícil acesso foram inutilizados e os demais foram retirados e receberão destinação que será definida posteriormente.

No decorrer da investigação, foi constatado que as atividades ilegais eram realizadas com autorização de lideranças indígenas que recebem valores dos madeireiros e garimpeiros, tendo inclusive sido encontrados com os infratores uma tabela com preço pago aos indígenas.

Durante a Operação Onipresente foi descoberta a atuação de um servidor da Fundação Nacional do Índio, que passava informações a garimpeiros para que escapassem da ação policial. Com uma rápida investigação, foi possível a realização da Operação Ato Reflexo que resultou na prisão desse servidor e de uma liderança indígena que recebia 20% de todo ouro extraído da área protegida. O nome da operação foi escolhido justamente pela celeridade da investigação e da sua deflagração.

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