A Polícia Federal deflagrou, hoje, uma operação com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que fraudava vestibulares de medicina em Mato Grosso, São Paulo, Rio de Janeiro, Piauí, Maranhão e Goiás. Foram expedidos 15 mandados de prisão e 16 mandados de busca e apreensão. Foi detectada a ação do grupo criminoso em 13 vestibulares promovidos por instituições privadas de ensino.
De acordo com informações da assessoria, até o momento foram presas 11 pessoas, sendo dois em São Paulo, um no Rio Grande do Sul, um na Bahia, um no Pará, três no Piauí, dois em Goiás e um no Tocantins. Os demais investigados estão sendo procurados e poderão ser presos ainda hoje. Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos nas mesmas localidades.
Também foram apreendidas duas armas de fogo, de calibre permitido, na residência de dois dos investigados. Eles estão sujeitos a pena de um a três anos de detenção. Em razão da pena, poderão ser postos em liberdade, mediante pagamento de fiança.
Para realizar a fraude, a organização contou com três grupos distintos. O primeiro cooptava os vestibulandos; o segundo se encarregava de treiná-los no uso do equipamento de comunicação conhecido como “ponto eletrônico”; enquanto o terceiro era composto por especialistas em diferentes disciplinas que resolviam a prova em suas áreas e informavam as respostas a um comando central, que as repassava para os alunos.
Os presos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de formação e quadrilha e estelionato, cujas penas somadas podem atingir de dois a oito anos de prisão. Os alunos que se beneficiaram da fraude responderão por crime de estelionato.
A operação foi batizada de Arcano em razão de seu significado, que é “remédio secreto” em latim.