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Perícia faz reconstituição para apurar morte de bebê vítima de maus-tratos em Sinop; casal de adolescentes apreendido

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Só Notícias/Herbert de Souza e Fabiano Marques (foto: Só Notícias/Lucas Torres)

A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) fez hoje a reconstituição da morte de um bebê de dois meses, que morreu, na última semana, supostamente vítima de maus-tratos. Os principais suspeitos de envolvimento na morte são os pais da criança, que foram apreendidos por serem menores de idade.

“Fomos requisitados pela delegacia responsável por essa investigação. Realizamos o procedimento chamado reconstituição ou reprodução simulada, visando entender algumas circunstâncias. Nosso trabalho foi mais nesse sentido”, explicou o perito Leandro Valendorf.

A reconstituição foi feita na casa onde a criança teria sofrido os abusos, na rua Ayrton Senna, no bairro Menino Jesus. “Existem algumas dúvidas, que precisam ser esclarecidas no âmbito técnico. Não é um trabalho simples porque envolve uma série de fatos”, afirmou o perito, sem detalhar quais pontos da investigação a reconstituição busca esclarecer.

A Delegacia Especializada da Mulher, Criança e Idoso de Sinop já encaminhou representação ao Poder Judiciário para a internação provisória do casal de adolescentes, mãe e padrasto do bebê. O Ministério Público e o Poder Judiciário acataram o pedido de internação provisória e os mandados foram cumpridos na semana passada.

No dia 11 de novembro, uma conselheira tutelar do município procurou a central de flagrantes da Polícia Civil e relatou que a criança havia dado entrada na Unidade de Pronto Atendimento, com sinais de supostos maus-tratos. O bebê foi transferido para uma unidade de terapia intensiva pediátrica, em um hospital de Tangará da Serra, mas morreu na última terça-feira (15).

A delegacia especializada de Sinop abriu inquérito para apurar as circunstâncias da morte da criança. Em decorrência do fato, os adolescentes passaram a receber ameaças de morte pelas redes sociais, inclusive por uma facção criminosa.

Segundo as informações dos relatórios médicos de atendimento, bem como a declaração da certidão de óbito da criança, demonstrando que a causa da morte seriam os maus-tratos, em tese, praticados pelos adolescentes, e as ameaças de morte contra o casal, a delegada Renata Evangelista representou pela internação da mãe da vítima, de 16 anos, e de seu companheiro, padrasto do bebê.

A delegada enfatizou haver indícios contundentes de que a criança pode ter sido vítima de agressões que acarretaram sua morte. “A autoria está sendo investigada, por meio de diligências, e a internação provisória é uma medida de natureza cautelar, que serve principalmente para resguardar a segurança dos adolescentes supostamente envolvidos, que estão sendo ameaçados de morte”, explicou Renata Evangelista.

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