A Polícia Civil descartou a possibilidade do recém-nascido encontrado, ontem à noite, na avenida Miguel Sutil, próximo ao Circulo Militar, ter sido arremessado de um veículo. Exame no corpo da criança, realizado esta manhã, na Coordenadoria de Medicina Legal, atestou que a morte não se deu por causa traumática e sim por anoxia neonatal (ausência de oxigênio nas células).
Por conta desse resultado, o caso será encaminhado à Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), que dará continuidade nas investigações para localizar a mãe.
Segundo o médico legista, a criança nasceu saudável, sem mal formação e estava com nove meses de gestação, pesando 3,1 quilos, com 54 centímetros. O médico ainda disse que a mãe iniciou o trabalho de parto com a criança em vida e o bebê nasceu morto, por anoxia neonatal, que conforme o médico se a mãe estivesse em um hospital a criança sobreviveria.
Ainda de acordo com o IML, o bebê quando encontrado tinha 12 horas de morte.
A princípio, a informação que chegou a polícia seria de que o bebê teria sido jogado de dentro de um veículo. A ocorrência foi atendida pela equipe do delegado da Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP), André Renato Gonçalves, que apurou que uma mulher estaria "impaciente" na região e próxima de uma caminhonete.
A Polícia Civil checou e descobriu que a caminhonete Hilux preta teria parado no local e a mulher que acompanhava o condutor ficou emocionada ao ver o bebê no asfalto. A família é de Tangará da Serra. "O dono do veículo teria ido a um mercado para comprar um celular. Ele já prestou esclarecimentos na Delegacia de Homicídios e aparentemente não há nenhuma relação com o fato", disse a delegada Anaíde Barros.
A Polícia Civil realiza diligências para identificar imagens de câmeras de segurança na localidade para chegar a autoria da pessoa, que teria deixado a criança no meio do asfalto.