O pai de um menino de 5 anos foi preso dentro da Delegacia de Roubo e Furtos (Derf), de Cuiabá, por estupro de vulnerável. O homem, 43 anos, foi flagrado por uma médica pediátrica manipulando o órgão genital do filho, enquanto esperava a finalização de um procedimento policial. O fato aconteceu, no sábado, por volta das 22h, no interior da unidade.
De acordo com a assessoria da Polícia Civil, a médica presenciou o ato na sala de espera do registro de boletim de ocorrência. Ela achou estranho o pai “mexendo” no órgão genital do menino e até colocar a mão por dentro da roupa da criança e filmou situação inusitada e em pleno ambiente policial.
Incomodada ao ver, em dois momentos, o pai manipulando por mais de dez minutos o órgão genital do menino, que estava sentado em seu colo, a pediatra levou o vídeo ao delegado plantonista, Romildo Grota, que entendeu que se tratava de estupro de vulnerável.
O delegado, antes de autuar em flagrante o pai, entrou em contado com a delegada da Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), Luciani Barros, que ao analisar as imagens considerou absurdo o conteúdo e também entendeu que se tratava de uma conduta criminosa, tipificada como ato libidinoso e configurado como estupro de vulnerável. “Dá para ver que a criança está incomodada com pai manipulando seu órgão genital”, disse a delegada. “Isso não é natural, tanto que chamou a atenção”, completou.
Ao ser interrogado, o pai disse ao delegado plantonista que estava apenas “brincando” com filho e depois “coçando”. Ele também negou que havia manipulado a genitália do menino, mesmo diante das imagens.
Esta semana, a delegada Luciani Barros conversou com a mãe da criança, que tentou justificar a delegada que se tratava de um engano e que o marido nunca teria abusado do filho e nem das duas filhas de 16 e 22 anos. As moças também foram ouvidas e tentaram inocentar o pai. Elas afirmaram que nunca foram molestadas pelo pai.
A mãe da criança alegou que o filho estava com micoses que, por isso, o pai estava “coçando”. No entanto, das áreas afetadas eram as costas e a perna, próximo ao pé.
Em entrevista psicossocial, a criança confirmou que o pai costumava manipular escondido seu órgão genital. “Começa assim e pode evoluir para um ato maior”, disse Luciani Barros.
O pai continua preso em uma unidade prisional da capital.