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Operação Guilhotina prossegue e maioria dos presos é de Sinop

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A Operação Guilhotina continua em andamento em várias cidades da região Norte. Dos 75 mandados de prisão, em todo o Estado, cerca de 32 foram cumpridos até agora. Em Sinop, uma das bases da operação, estão cerca de 18 presos – madeireiros, engenheiros florestais, dois ex-gerentes regionais da Secretaria de Meio Ambiente e fazendeiros. Para Sinop estão sendo recambiados os demais acusados presos nas cidades da região. Eles estão na delegacia municipal e começam a ser ouvidos esta tarde. Conforme Só Notícias já informou, alguns poderão ser recambiados para Cuiabá.

O maior número de mandatos de prisões foi em Sinop (19), seguido de Cuiabá e São José Rio Claro(9) e Marcelândia (7). Os mandados foram expedidos pelo juiz estadual José Zuquim Nogueira, de Cuiabá, a pedido do Ministério Público. Há acusações de venda de documentos, falsificação do planos de manejo (para retirar madeira das florestas), falsificação de documentos comprovando estoques de madeira nos pátios, bem como de créditos para comercialização de madeira.

O Ministério Público e Judiciário apontam que foram movimentados, de forma ilegal, 81 mil metros cúbicos de madeira nos últimos dois anos, que resultaram em R$ 58 milhões em negócios. Cerca de 100 madeireiras estariam sendo investigadas.

“O esquema funcionava com projetos que tramitaram rapidamente (cerca de 30 dias) na Sema e que foram aprovados com intituito de esquentar madeira que estava no pátio e não de retirar madeira da floresta verdadeira finalidade do projeto”, explicou, hoje de manhã, em Sinop, o delegado Rogerio Modeli. “Servidores da Sema arquitetaram estes tipos de crimes beneficiando madeireiros e fazendeiros”, emendou Modeli.

Após as aprovações pela Sema de projetos de exploração florestal, desmate e manejo florestal, houve fiscalização nas áreas e constatadas inúmeras irregularidades. Surgiram fortes indícios no sentido de que alguns créditos obtidos pelos empreendimentos para comercialização de madeira, foram transacionados apenas via sistema (CC-SEMA), porém, com graves incompatibilidades entre o que foi declarado nos relatórios on line (guias florestais, inclusive) e a exploração constatada em campo nas respectivas áreas ou até mesmo com a própria natureza da vegetação (volumetria existente). Estes fatos “apontam fortíssimos indícios no sentido de que foram fabricados papéis para esquentarem produtos florestais, tipo madeira, obtidas de forma ilícita, sem origem, e foram instaurados os inquéritos policiais.

As prisões dos acusados é temporária (5 dias), mas a polícia já cogita pedir a prorrogação de algumas delas.

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