Durante a operação “Aracne” surgiram fatos que acabaram contribuindo para investigações da Polícia Civil na região de fronteira com a Bolívia, onde ocorreram três execuções envolvendo membros do grupo desmantelado pela ação da Polícia Federal. Surgiu inclusive a informação de que o delegado Walfrido Franklin do Nascimento, titular da delegacia de São José dos Quatro Marcos, seria assassinado. Esta informação foi repassada à Polícia Civil. Com isso, a “Operação Têmis” foi deflagrada e resultou na prisão de 11 envolvidos com o PCC na região.
As investigações da Polícia Civil indicam que as três vítimas do grupo, que foram torturadas e mortas, delataram um plano de execução do líder. Dois corpos foram localizados em um canavial da zona rural de Mirassol D”Oeste. As vítimas eram Geraldo Raimundo Gonçalves, morador de São José dos Quatro Marcos e João Martins de Oliveira, conhecido como “João Mentira”. A terceira vítima, Jaquemar Bernardino da Silva, assassinado em 15 de agosto, levou a polícia a encontrar conexões com os crimes. Geraldo e João teriam sido arregimentados por ele, para assassinar Ademilson Domingos Tazzo, que foi preso na operação. A PF confirma que hoje existem provas deste grupo também no tráfico e na associação ao PCC, liderados por Tazzo.
Além de Tazzo, Rone de Queiroz, Valério Barbosa Marques, Fábio Gomes da Silva, Claudevir Amorim Bezerra, Edílson Soares de Souza (solto na delegacia), Nelson Luiz Regiani e Andrey Juliano de Souza, foram presos na primeira fase da operação. Em Cuiabá foram presos Guedey Araújo, os cabos da Polícia Militar aposentados Oséias da Silva e Zaqueu Pedro Arcanjo. Ademilson Tazzo é apontado como o líder do grupo, de quem partiu a ordem da execução dos três homens.