Três pessoas, responsáveis por estabelecimentos comerciais de Nova Mutum, estão, neste momento, na delegacia da cidade, sob a suspeita de furtar energia elétrica. Dois devem ser autuados em flagrante. A ação foi desencadeada, hoje, pela concessionária de energia com o apoio da Polícia Civil. Em dois estabelecimentos, um no centro e outro no bairro Colina, foram constatadas adulterações. "Os lacres estavam rompidos e os relógios contadores adulterados", explicou um investigador.
De acordo com informações da gerência da concessionária local, em três meses foram identificadas cerca de 240 tentativas de furto de energia na cidade. "Dentre as modalidades mais comuns de fraude no consumo está o travamento do disco do medidor via agente externo, o rompimento do lacre do medidor com posterior adulteração de seu mecanismo e até mesmo o denominado furto rústico de energia, caracterizado por ligações que extraem energia elétrica de baixa tensão dos postes", explicou Edilson da Silva.
O furto de energia elétrica é um crime previsto no Código Penal, podendo a pena variar de um à quatro anos de reclusão, além da fixação de multa. Esse tempo ainda poderá ser elevado nas hipóteses de furto qualificado, ou seja, quando o agente, emprega meios tais como a fraude, a escalada, a destreza e demais hipóteses expressamente previstas no artigo em comento com vistas à consecução do crime.
Segundo Edilson, a concessionária acredita que as adulterações sejam feitas por um profissional com conhecimento técnico na área. Ele disse também que fiscalização vai continuar. Só Notícias teve acesso a informação de quanto é cobrado pelo "serviço" de adulteração em Nova Mutum. "Esquecemos de pagar a fatura e cortaram a nossa energia. Pagamos R$ 50 e o rapaz foi lá em fez um "gato"", disse a fonte, se vangloriando.