Uma operação conjunta da Polícia Civil, Delegacia do Meio Ambiente – Dema- e Secretaria de Meio Ambiente – Sema- em duas fazendas em Nova Mutum resultou na prisão de quatro pessoas, apreensão de 70m³ de madeira, dois revólveres, munições, dois tratores, uma caminhonete S10, além de equipamentos utilizados no desmate. O inquérito policial, instaurado pelo delegado Wagner Bassi Junior, por extração ilegal e furto, deve ouvir mais de 30 pessoas e alguns podem ser indiciados.
A operação foi desencadeada na quarta-feira. Uma denúncia informou a retirada ilegal da madeira, na área de preservação permanente – APP- entre duas fazendas, localizadas a 100 km da cidade, próximo a MT-235, que dá acesso a São José do Rio Claro, via Pontal do Marape. Uma equipe, formada por 6 policiais foi para o local. “Na mata, encontramos 40m³ de toras, de Cambará e outras espécies, prontos para serem carregados, comprovando o crime, mas nenhum suspeito em flagrante”, explicou um investigador.
Foram presos, por posse ilegal de arma, o gerente de uma das fazendas, mais três homens interceptados em uma estrada vicinal, por porte de arma. Preliminarmente, tem-se a informação de que a retirada da madeira começou no dia 30 de agosto e, além das torras prontas para serem carregadas, outros 30m³, já haviam sido levados para uma serraria, no município de Nova Maringá. Hoje, uma diligência ao local, constatou a irregularidade. O dono da área também será ouvido no processo.
Inicialmente, está evidenciado que o cunhado do gerente da fazenda, morador de São José do Rio Claro, que está foragido, teria negociado a retirada da madeira. Os três homens interceptados, estariam envolvidos no corte e no transporte. “A investigação, através dos depoimentos, está montando o quebra-cabeça. Queremos saber se os proprietários da área, não tinham realmente conhecimento do que estava acontecendo, como alegado inicialmente”, disse, ao Só Notícias, um investigador que trabalha no caso.