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Nortão: viúva de uma das vítimas da chacina de Matupá assiste julgamento

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Passa de 12 horas o julgamento dos 3 dos 18 acusados de envolvimento na Chacina de Matupá, ocorrida há 21 anos. Os 2 réus que compareceram prestaram depoimentos, a promotoria pediu a condenação de Valdemir Pereira Bueno e Santo Caione denunciados por envolvimento no assassinato de 3 homens que invadiram uma casa, fizeram família refém para assaltar mas acabaram se entregando para a polícia que não conteve um grupo de moradores que linhcou Osvaldo José Bachmann e dos irmãos Arci e Ivanir Garcia dos Santos, cujos corpos foram queimados após ser jogado gasolina.

O promotor Dannilo Preti Vieira disse que “Matupá não é só chacina, atrocidades. Tem gente de valor que merece destaque. É por isso que o Ministério Público pede a condenação dos acusados. O Ministério Público apenas quer justiça e não se vingar”, disse o promotor.  Durante o debate, o promotor se voltou para a viúva de Osvaldo José Bachinan, uma das vítimas da chacina, e falou: “Não vou passar a mão na cabeça de seu marido, que errou, mas vou falar das dificuldades que a senhora enfrentou para criar três filhos. A senhora que esperou por mais de 20 anos por este julgamento, que conseguiu passar por cima de sua dor, do sofrimento de sua família e está aqui hoje, pedindo justiça”.

O promotor ainda se dirigiu à defesa, aos colegas, e ao magistrado Tiago Souza de Abreu, presidente do Tribunal do Júri. “Agradeço ao empenho do juiz Tiago e peço para que continue atuando com responsabilidade e imparcialidade que lhe são peculiares”, destacou. Ao júri, salientou a responsabilidade dos cidadãos que foram selecionados para atuar no caso e afirmou que o momento para o município resgatar a credibilidade é agora.

Em seguida, a promotora Daniele Crema da Rocha destacou alguns pontos do processo, que chega a sete volumes e 1.700 páginas. Ela enfatizou que entre as vítimas do assalto estavam uma mulher grávida e cinco crianças, e que estas foram mantidas pelos três assaltantes como reféns, que pediam dinheiro e armas. Um político e uma religiosa ajudaram nas negociações mediante a garantia de que os assaltantes teriam a integridade física assegurada.

Segundo a promotora, com a garantia da transferência para outro município, eles se renderam e foram levados em uma viatura da polícia ao aeroporto, de onde partiriam para Colíder, para serem ouvidos pela polícia. Eles estavam algemados, desarmados e foram retirados um a um do veículo, sendo determinado que corressem, quando foram desferidos vários tiros, sendo em seguida agredidos, e posteriormente queimados com requintes de forma bárbara. A promotora elencou momentos da chacina registrados na imagem, onde uma pessoa não identificada disse: “É a família Caione dando força”. Ressaltou ao júri momentos da frase proferida e de agressões sofridas pelas vítimas.

Houve discussão entre a defesa e o Ministério Público. O advogado Alexandre Gonçalves Pereira solicitou questão de ordem e interrompeu o embate da promotora Daniele Crema da Rocha. O juiz Tiago Souza de Abreu determinou o registro das observações efetuadas pela defesa. 

Conforme Só Notícias já informou, o júri vai ter mais mais duas sessões para que todos os acusados sejam julgados. No dia 10 sentarão no banco dos réus Donizete Bento dos Santos, Gerson Luiz Turcatto, Paulo Cezar Turcatto, Mauro Pereira Bueno e Airton José de Andrade. No dia 17, será a vez e Luiz Alberto Donin, Elo Eidt, Mário Nicolau Schorr, Faustino da Silva Rossi e Elywd Pereira da Silva e, no dia 24, serão julgados José Antônio Correa, Antonio Pereira Sobrinho, Roberto Konrath e Enio Carlos Lacerda.

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