A Polícia Civil de Apiacás confirmou que um homem, morador de Alta Floresta, compareceu à delegacia regional e afirmou ser proprietário do avião localizado, na sexta-feira (20), em uma região de mata fechada de uma fazenda. As informações repassadas pelo suposto proprietário aos policiais apontam que a aeronave teria caído em meados de 1982. O contrato teria sido feito com uma empresa de mineração do Rio de Janeiro e, pelo menos, três pessoas estavam à bordo, entre eles um coronel das Forças Armadas Brasileiras (FAB).
O homem declarou, ainda segundo a polícia, que como a região era de mata, os corpos foram retirados com auxílio de avião do Exército. Na ocasião, a pequena aeronave teria decolado de Alta Floresta com destino a um garimpo de Juruena e, conforme as informações repassadas pelo suposto proprietário, foi levantada a hipótese de sabotagem na época.
O fato, que teria ocorrido antes da criação de Apiacás (que tem 23 anos de emancipação política) além de ter sido comunicado à polícia, foi relatado ainda à aeronáutica brasileira. De acordo com a Polícia Civil, o caso continuará sendo investigado para confrontar as informações repassadas pelo homem.
Conforme Só Notícias informou, a primeira informação apurada pelos policiais surgiu ainda no final de semana, quando um delegado de Goiânia e familiares de uma vítima que estava em um avião desaparecido há 26 anos, estiveram na localidade para fazer o reconhecimento da fuselagem e confirmar se era a mesma em que a vítima estava. No entanto, não houve o reconhecimento.
Próximo a aeronave foram encontrados um revólver, a tarjeta do motor e um material que aparentava ser osso. Este último, no entanto, foi descartado pelos policiais, já que seria ferro derretido e, que de acordo com a delegacia, ficou com cor esbranquiçada, originando a dúvida.