O delegado municipal de Polícia Civil Nova Canaã do Norte, Bruno Abreu, disse há instantes, ao Só Notícias, que mais de 15 pessoas foram intimadas e prestarão depoimentos sobre o incêndio de 2ª feira à noite, que destruiu o canteiro de obras da Usina Hidrelétrica Colíder, entre os municípios de Canaã e Colíder. Ele apontou que são duas linhas de investigações: assaltos aos 2 caixas eletrônicos que havia no local seguidos de incêndio e de protesto de um grupo de funcionários que estariam discordando de pagamento de horas extras para trabalharem na 3ª feira de carnaval.
Mais 4 suspeitos foram detidos hoje, em Colíder, que estão sendo investigados. Estavam sem dinheiro. Em Alta Floresta, estão 3 presos que estavam com R$ 36 mil roubados dos caixas. Eles não têm antecedentes criminais “O caso é complicado. Não está descartado ser apenas um protesto de funcionários. A princípio, creio que não seja protesto por hora extra pelo fato de ter sido destruído um canteiro de obras inteiro. Mas pode ter sido um assalto ao caixa eletrônico seguido de incêndio”, avalia Bruno. “Temos informações desencontradas e trabalhamos com cautela. Buscamos identificar os mentores. Com base nos depoimentos dos presos em Floresta que estavam com dinheiro, poderia haver cerca de R$ 170 mil em cada um dos caixas arrombados. Um foi arrombado na 2ª feira e outro na 3ª. Era feita distribuição de dinheiro para quem estava ajudando nos atos de vandalismo. Seriam cerca de 20 pessoas que estariam próximo dos caixas, de acordo com um dos presos”, acrescentou o delegado, na entrevista ao Só Notícias.
Ele disse ainda que é investigado se houve “entrada de armas” no canteiro de obras. Inicialmente, um vigia que estavam com revólver teria sido desarmado pelos envolvidos no ato criminoso. “Também apuramos se houve ordem para as mulheres ficarem detidas no alojamento. Tivemos roubo, com uso de arma de fogo. Por mais que outros envolidos não estivessem armados, podem responder também pelo crime de assalto. Havias ameaças a outras pessoas, restrição de liberdade de vítimas. No decorrer das investigações, os responsáveis podem ser indicados por quadrilha armada, incêndio, com mais algumas qualificadoras”, acrescentou Bruno Abreu.
O delegado concluiu que “só a perícia vai apontar montante do prejuízo no canteiro de obras”. Além do refeitório, alojamento, escritório, academia, foram destruídos no incêndio veículos, ônibus e caminhão.
(Fotos: Só Notícias)