A certeza de impunidade ter pode ser um dos motivos que levam quadrilhas a “incluírem” municípios do Norte mato-grossense na rota do tráfico. O delegado da Polícia Federal em Sinop, Fernando Faria de Lara, disse, ao Só Notícias, que as prisões dos criminosos têm acontecido em estradas praticamente desertas, geralmente, para uso agrícola. “Por acreditarem que ali não serão perseguidos e pegos”.
Devido a isso, o delegado afirmou que a polícia tem fortalecido o trabalho de inteligência e, com base nas informações obtidas a respeito de atuações das quadrilhas, vem agindo. “Fazemos um trabalho de inteligência, de acordo com o que sabemos. O modo de operação desse pessoal, por ondem andam, de onde vem, para onde vão e procuramos otimizar nossos recursos para tentar dar uma boa resposta à sociedade”, explicou.
Os criminosos tem, inclusive, empregado o uso de aviões no tráfico que vem, geralmente, carregados da Bolívia, terceiro maior produtor de coca do mundo. Um foi apreendido, na semana passada, em uma propriedade em Nova Ubiratã (180 km de Sinop), além de uma caminhonete S-10. Cerca de 240 quilos de pasta base de cocaína foram descobertos pela Polícia Federal. Três pessoas foram presas.
A última apreensão expressiva feita pela PF aconteceu, na BR-163, com um carregamento de 70 quilos de pasta base de cocaína vindo de Guarantã do Norte. O material entorpecente foi encontrado na carroceria falsa de uma caminhonete. Conforme Só Notícias já informou, um dos maiores carregamentos foi apreendido, ano passado, em Vera. Foram cerca de 500 quilos de drogas.