O delegado municipal em Sinop Luiz Henrique de Oliveira, disse, ontem à noite, que poderá pedir a prisão temporária de alguns acusados que foram presos temporariamente (5 dias), semana passada, na operação São Tomé. O motivo, segundo ele, seria a quantidade de informações das investigações. “Há muito a ser investigado, confrontar muita coisa (dados), documentos, então, pode ser solicitada a prisão temporária de alguns”, disse, sem mencionar nomes. “Mas isso vamos decidir junto com o delegado Cunha (Delegacia de Meio Ambiente em Cuiabá, que também investiga o caso)”, emendou.
Na segunda-feira, a justiça prorrogou a prisão, por mais cinco dias, de 10, dos 15 que foram presos, semana passada. O delegado explicou que as prisões são feitas para que as investigações ocorram com tranquilidade. “A justiça entende que a Polícia Civil pode soltar a pessoa a medida que as investigações forem avançando e o acusado não for mais útil”, detalhou. “Se houver a necessidade da pessoa continuar detida a justiça determina que isso seja feito”, acrescentou.
Até esta terça-feira continuavam presos: José Almir de Melo, Luiz Carlos de Melo, Antonio Paulo de Oliveira (Pachola), Jackson Monteiro Medeiros, Péricles Pereira, Roselayne Laura da Silva Moreira e Gilmar Aliberte. Ma segunda-feira, pelo menos 8 foram liberados após prestarem depoimentos.
A operação São Tomé investiga fraudes ambientais em uma área no Nortão para a extração de toras e venda de madeira com documentos fraudados. Parte dos presos é acusada de invadir terras, falsificar documentos para regularização da propriedade junto ao Instituto de Terras de Mato Grosso (Intermat) e, posteriormente, entrar com pedido de plano de exploração ambiental na Sema para conseguir créditos florestais que eram usados para comercializar madeiras extraídas ilegalmente