O delegado de Vera (80 quilômetros de Sinop), Cláudio Álvarez Santana, requereu à justiça mais 30 dias para apurar o motim e a tentativa de fuga na cadeia, que ocorreu no dia de 7 de maio. Ele explicou, ao Só Notícias, que parte dos presos que ainda não foram ouvidos, ganharam liberdade em um mutirão processual e são de outras cidades. “Então tem que ser ouvidos por meio de outro procedimento, por meio de carta precatória, na comarca de origem, o que dilata o prazo do processo”.
Dos 17 detentos que estavam na cela onde foi descoberto o buraco na laje, para fugirem, pelo menos cinco já prestaram depoimento. Nada foi reivindicado na data do fato. “Antes da entrada do juiz [da comarca, Alexandre Paulichi], estive em uma celas e eles não reivindicaram nada. Só fizeram o motim mesmo porque o plano de fuga havia sido frustrado”, afirmou à época o delegado.
Segundo o delegado, na rebelião, dois crimes ficaram caracterizados, o de motim, já que os detentos se rebelaram, e de dano ao patrimônio público, por conta do buraco. Na revista foram encontrados chuços, uma serra, lâminas e uma corda “Maria Tereza”, feita de coxas e redes.
Conforme Só Notícias já informou, na tentativa de fuga, os presos conseguiram fazer um buraco na laje e alguns já haviam subido no teto quando dois agentes penitenciários agiram e evitaram a fuga. Eles solicitaram apoio de policiais militares e civis para reforçar a segurança.