Cerca de 30% das ocorrências que chegam à Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), ocorrem no ambiente escolar. As ameaças e constrangimentos ocupam os primeiros lugares, seguidos das lesões corporais, furtos, porte ilegal de armas e posse drogas. No ano passado foram 787 ocorrências encaminhadas para a DEA, envolvendo tanto a comunidade escolar como os conflitos fora das escolas.
Esta semana 2 casos de agressões foram registrados. Em um deles, uma adolescente foi violentamente agredida por um colega, dentro da unidade escolar. O procedimento foi concluído e será encaminhado ainda hoje para o Juizado da Infância e Adolescência, informou o titular da DEA, delegado Paulo Araújo.
A partir da denúncia, o caso é apurado e em curto prazo encaminhado para a Justiça, para punição do agressor. Durante o processo, as famílias da vítima e do agressor são chamadas e ouvidas pela equipe multidisciplinar da delegacia, que inclui professores, psicólogos e assistentes sociais. A equipe pedagógica da escola participa do processo, o que tem dado bons resultados, assegura o delegado.
Para reduzir estes números de registros, a DEA implantou recentemente um programa de visitas às escolas. As unidades são escolhidas a partir do volume de casos que registram e também pela solicitação de algumas delas. Somente na primeira quinzena de agosto, cerca de 1 mil alunos receberam a equipe, que tem o artigo 56 do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), no capítulo de Direitos e Deveres, a base do encontro. Mas temas como violência, drogas, entre outros, também são abordados.