O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público Estadual, ofereceu denúncia contra os acusados de envolvimento em explosões a caixas eletrônicos, presos durante a “Operação Implosão” realizada pela Polícia Civil no dia 25 de abril deste ano. Dos 35 indiciados foram denunciados 14. Segundo a denúncia, além de responder por diversos crimes em Mato Grosso, a quadrilha é responsável pela mesma prática criminosa nos Estados de Rondônia, Mato Grosso do Sul e Goiás.
De acordo com o Gaeco, a materialidade delitiva contra os 35 indiciados pela Polícia Civil não foi comprovada e, por isso, a denúncia foi oferecida contra apenas 14 acusados. Diante disso, o MPE requereu a instauração de inquérito policial para realização das seguintes diligências: juntada dos boletins de ocorrência, pericias de locais dos crimes, apuração dos valores subtraídos, oitivas de testemunhas e prejuízos estruturais sofridos.
Consta nos autos que, caso fossem denunciados, alguns indiciados responderiam duas vezes pelo mesmo crime. “Verificamos que alguns deles já respondem criminalmente pelos fatos narrados no caderno policial, o que impede o oferecimento de nova denúncia em desfavor deles, considerando que a deflagração de nova ação penal configuraria odioso bis in idem e flagrante ilegalidade”, diz um trecho da denúncia.
O Gaeco requereu, ainda, instauração de inquérito policial complementar para apurar o suposto envolvimento de policiais civis e militares na organização criminosa. Os nomes dos agentes foram apontados por integrantes da quadrilha durante depoimento e não foram investigados pela Polícia Civil.
Os quatorze denunciados responderão pelos crimes de formação de quadrilha, furto qualificado e explosão. A ação penal tramitará na Vara Especializada Contra o Crime Organizado e o inquérito complementar deverá ser presidido pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e encaminhado para análise do Gaeco.