Execução de fazendeiro e esposa na zona rural de Rondonópolis (212 km ao sul de Cuiabá) mobiliza Polícia Civil na busca aos assassinos. O crime ocorreu na propriedade rural da vítima Giovani Furlan Ferreira, 58, por volta das 7h da manhã de quinta-feira (21). Giovani e a companheira Patrícia Regina Teixeira de Medeiros Santos, 47, tinham as mãos amarradas e foram executados com um tiro na cabeça, sentados no chão do quarto.
distrito de Boa Vista, distante cerca de 30 km do perímetro urbano de Rondonópolis. O caseiro da propriedade I.A.M.P., 47, também foi atingido por um disparo de arma de fogo na cabeça, mas sobreviveu. Segundo ele, após ser alvejado, fingiu-se de morto até que o assassino deixasse a propriedade. Foi o caseiro que ligou para o 190 da Polícia Militar e conseguiu ajuda.
Já hospitalizado, ele relatou aos policiais civis, que iniciaram a investigação, que viu apenas um dos criminosos, que foi o que atirou nele. Relatou que, como todas as manhãs, por volta das 6h, preparou o café da manhã e tomou em companhia de Giovani.
Em seguida, desceu para tratar os animais. Quando estava afastado da casa, ouviu o som de estampidos. Mas não pensou tratar-se de arma de fogo, mas de uma panela de pressão que estourou.
Seguiu para a casa, para ver o que teria acontecido, quando foi rendido por um homem que usava boné. Portando um revólver, o criminoso mandou que ele sentasse no chão. Então, começou a xingá-lo, mandando que baixasse a cabeça e não olhasse para seu rosto. Ainda encolhido no chão o funcionário só ouviu o som do tiro e percebeu que foi atingido. Por sorte, o projétil atingiu o crânio e desviou, mas a vítima ficou imóvel, parecendo ter sido morta.
Na sequência, o criminoso deixou o local, levando a caminhonete Mitsubishi L200 da vítima, abandonada próximo à estrada, a cerca de 6 quilômetros da propriedade. O crime é investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) do município.
A hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) está praticamente descartada e a suspeita é que tratou-se de execução. A cena do crime indica que mais de uma pessoa atuou na imobilização e morte do casal, pois Giovani tinha porte grande e era apontado como “nervoso”. Ou foi praticado por pessoa conhecida que teve acesso à casa, sem levantar suspeitas do casal. Patrícia ainda estava de pijama quando foi assassinada.
O funcionário foi ouvido em conversa preliminar e será interrogado oficialmente na DHPP, na próxima semana. Ele estava muito assustado e achou que não sobreviveria. Após chamar a Polícia, ligou para amigos e familiares, passando detalhes sobre o crime.