A Delegacia Especializada da Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica) trabalha com a hipótese da morte do menino de 10 anos ter sido acidental. O menino faleceu, no último sábado, no Pronto Socorro de Cuiabá, após ter sido encontrado pela família com um cinto enrolado no pescoço, no guarda-roupa do quarto.
Durante perícia na casa do menino, realizada ontem, pela Politec, com acompanhamento do delegado Eduardo Augusto de Paula Botelho, foram encontradas no guarda-roupa digitais de crianças, que comprovam que ele teria subido sozinho e usado a gaveta para colocar o cinto no cabideiro e se pendurar. A perícia constatou que a gaveta estava cedida.
Na necropsia do corpo também não foram encontradas lesões externas e nem no pescoço, indicando que ele não foi espancado e ficou pouco tempo pendurado.
O pai, a mãe e um tio da criança foram ouvidos, esta manhã, pelo delegado Eduardo Augusto de Paula Botelho. A mãe contou que o menino era alegre e se queixava de sofrer bullying na escola, devido a sua cor negra.
O delegado ressaltou também que não foram encontradas nenhuma denúncia de agressão ou maus tratos contra o menino no Conselho Tutelar e agora o desafio será saber se o menino tinha a intenção de se matar ou se foi um acidente, já que o irmão mais novo da vítima contou que ele gostava de fazer brincadeiras de se fingir de morto.
Para finalizar o inquérito, o delegado aguarda resultado de exames complementares, entre eles o toxicológico, e deverá ouvir professores da escola, onde o garoto estudava.