A Promotoria de Justiça de Juína ofereceu denúncia (acusação formal) contra quatro agentes prisionais, um policial militar, um investigador de polícia e dois detentos por estupro de detentas da cadeia pública. De acordo com as informações da promotoria, cada um dos denunciados teria violentado, por pelo menos duas vezes, as detentas C.S. e T.A.S, este ano. Segundo o jornal A Gazeta, foram denunciados os agentes Aldemiro Antônio da Silva, Ariovaldo Benedito Silva, Edson Batista Ferreira e Valmor Rosseto. Além deles, o cabo da policial Militar Júnior Cavalcante e os detentos José Carlos Silva, e João Nedir Mendes. A cadeia de Juína funciona nos fundos da delegacia municipal e ao lado da sede do XVII Comando da PM, onde o cabo é lotado. O Ministério Público pediu ainda que a prisão preventiva dos denunciados. Em 15 de junho, eles foram presos, por força de mandado de prisão temporária. Os quatro agentes e o policial civil estão presos no local em que trabalhavam, ou seja, na cadeia pública, onde os crimes teriam acontecido. Já o cabo está preso na sede do comando da Polícia Militar. Conforme a denúncia formulada pelo promotor André Luiz Almeida, por três vezes em um único dia a detenta T.A.S. foi abusada. Em uma das situações, um dos agentes prisionais teria inserido o cano do revólver na vagina da mulher. No caso de C., ela sofria abusos devido a chantagem de que não poderia mais ver seu marido, que também cumpria pena ali, caso não cedesse. O cabo PM teria visitado as duas presas em junho usando a desculpa de que levaria roupas para elas.