quinta-feira, 19/setembro/2024
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Médico boliviano é preso em MT por exercício ilegal da profissão

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O médico boliviano Nadir Saluez Hurtado, que não tem diploma reconhecido no Brasil nem registro no Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT), foi detido, ontem, em Cuiabá por exercício ilegal da profissão. A prisão aconteceu devido a uma ação conjunta do Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso, Agência Central de Inteligência da Polícia Militar e Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco). Ele é acusado de fazer consultas dentro de um salão de beleza e agendando cirurgias plásticas que seriam realizadas na Bolívia.

Segundo a assessoria do CRM-MT, a prisão aconteceu em flagrante, após duas agentes da polícia se passarem por pacientes interessadas pelo serviço. Toda consulta e as conversas foram gravadas com câmera e microfone escondidos. A proprietária do estabelecimento de beleza também foi detida.

Conforme apontam as gravações, Nadir cobrava US$ 2 mil por uma cirurgia de lipoaspiração e o valor incluiria ainda os gastos com internação, anestesia e remédios. A paciente ficaria internada por 24 horas, depois seria encaminhada para um hotel, onde o médico faria visitas diárias por sete dias. Todo este procedimento aconteceria na Bolívia e após estes sete dias, a paciente receberia alta para retornar ao Brasil.

Ao ser questionado sobre o acompanhamento da paciente no Brasil no caso de algum problema posterior, ele afirmou à suposta cliente que não haveria problemas, pois se não acontecesse nada em sete dias, não aconteceria mais. O presidente do CRM-MT, Arlan de Azevedo Ferreira, disse que além de exercer ilegalmente a profissão no Brasil, o boliviano ainda estava promovendo a mercantilização da medicina. “Ele estava oferecendo serviços com preço abaixo do praticado pelos médicos brasileiros e sem assumir qualquer responsabilidade pela paciente, pois se algo acontecer com ela no Brasil, não há a quem recorrer judicialmente”, explicou, por meio da assessoria.

Conforme explicações da assessoria do CRM, ele assinou um termo de compreensão sobre o caso (para que não venha cometer a mesma prática) e foi liberado.

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