Desde a divulgação do escândalo de fraude em concursos públicos, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) atende a pedidos de informação de órgãos públicos de todo o Brasil. São repartições e universidades interessadas em saber se as instituições têm seleções sob suspeita ou mesmo investigadas. “Prestamos esclarecimentos e damos recomendações de segurança”, explicou nesta sexta-feira o diretor do Departamento de Atividades Especiais (Depate), Celso Ferro. Segundo ele, há “quatro ou cinco” telefonemas e reuniões por semana sobre o mesmo assunto.
Hoje, ele atendeu a uma instituição de Minas Gerais. Ferro ressaltou que não são apenas órgãos com concurso organizado pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos (Cespe) que pedem ajuda à polícia. “Essas instituições que promovem e organizam concursos só dão uma roupagem de segurança. Não há como garantir 100% de segurança”, analisou o delegado.
Ele insiste que os concursos públicos no país devem ser revistos de forma ampla. “A impressão que temos é que todos foram fraudados”, disse Ferro, durante as investigações da máfia dos concursos, que expediu mais de 100 mandados de prisão em 22 de maio, indiciou 27 pessoas por formação de quadrilha e pôs sob suspeição 15 seleções em todo país.
Os concursos que apresentam mais indícios de fraude são os do Tribunal de Justiça do DF (TJDF), realizado em 2003, e o de fiscal tributário do Mato Grosso, de 2002. Ambas as seleções foram organizadas pelo Cespe. No caso do tribunal, 16 servidores foram afastados por supostamente estarem envolvidos na quadrilha ou serem beneficiários do esquema.
Na quarta-feira, Ferro afirmou ter se reunido com a Polícia Federal. Ele entregou aos agentes o cd com o vídeo do depoimento que acusa a direção do Cespe de diversos crimes, como improbidade administrativa, folha salarial paralela e contratação de empresas de parentes da diretoria.
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Mato Grosso tem o maior indício de fraude em concursos públicos
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