Nos últimos quatro anos, o Grupo Especial de Fronteira (Gefron), com ações freqüentes na região fronteiriça de Mato Grosso com a Bolívia, apreendeu quase uma tonelada de entorpecentes entre 2007 e o primeiro semestre desse ano. Registrou mais de 800 ocorrências, a maioria delas envolvendo tráfico de drogas. Entre as realizadas de 2005 até 2008, constam 861, entre acidentes de trânsito, apreensão de veículos, estelionato, apropriação indébita, furtos, apreensão de entorpecentes, desacato, e outros delitos.
Segundo o coordenador do Gefron, tenente-coronel Celso Barbosa, o resultado mais positivo da ação é demonstrado na apreensão de entorpecentes. “Até hoje, o grupamento apreendeu quase uma tonelada de entorpecentes. E este número pode aumentar até o final do ano. Somente em 2007, foram apreendidos 436 quilos de pasta base de cocaína, em sua maioria. Do início de 2008 até esta semana, já são 315 quilos”.
O coordenador explica que, após refinada, a quantidade da droga apreendida pode duplicar. “Um quilo de pasta base pode se transformar em até dois quilos de cocaína pura. Se for adulterada, pode chegar a 3 quilos. Concluindo, o Gefron apreendeu quase dois mil quilos de cocaína pura que poderia chegar aos usuários em todo o país”.
De acordo com dados do Gefron, foram apreendidas ainda 29 armas e mais de seis mil munições, além de 128 veículos.
“Percebe-se que com o passar dos anos, mais apreensões são realizadas. O que demonstra o empenho do grupo, intensificando o controle na região”, disse.
O Grupo Especial de Fronteira é uma força integrada pelos órgãos de segurança do Estado cuja missão é apoiar os órgãos federais responsáveis pela segurança na fronteira do Brasil com a Bolívia.
O Gefron conta hoje com uma equipe de 97 policiais, cobrindo uma área de 983 quilômetros de fronteira, sendo 233 de região alagada. São ao todo cinco pontos de fiscalização (Porto Esperidião, Vila Cardoso, Matão, Avião Caído e Barreira do Limão). Além disso, os oficiais também trabalham em mais 10 pontos ao longo da fronteira em esforço conjunto com técnicos do Indea e Ministério da Agricultura na operação “Contendo a Aftosa”.
“Em breve teremos um helicóptero para o monitoramento aéreo da fronteira. Também estamos estudando a aquisição de barcos para facilitar os trabalhos na região pantaneira”, conclui.