Apesar da pressão permanente dos advogados, 10 dos 13 presos durante a Operação Maranello continuam nos raios 2 e 4 da Penitenciária Central do Estado (PCE), antigo Pascoal Ramos, nas celas de convívio. Por terem ensino superior completo, apenas 3 presos foram beneficiados com prisão especial.
Detido inicialmente na Polinter, um anexo da PCE, o advogado Aroldo Fernandes da Luz foi transferido na tarde de quarta-feira (30) para a sede do Corpo de Bombeiros, no Porto. O veterinário Rubens Antero da Costa e o administrador de empresas Marcelo José Hardman Medina continuam na Polinter.
Os quatro investigadores da Polícia Civil presos durante a operação – Adauto Ramalho da Silva, Wagner Rodrigo de Amorim, Neuri Alves da Silva e Jocenil Paulo de França – foram encaminhados para o Presídio Militar de Santo Antônio do Leverger.
Desde a operação, pelo menos duas pessoas tentaram obter prisão especial, na Polinter, sem ter direito. Um deles foi Munir Hammoud, que chegou a ser instalado no anexo da PCE, mas foi obrigado a sair por não possuir diploma universitário. O outro foi M. A. P. que argumentou possuir curso superior em Administração de Empresas, mas após ser obrigado a provar teve que admitir não ter concluído o curso.
Mesmo tendo conhecimento de que os clientes não têm direito a cela diferenciada, os advogados tentam convencer a direção do sistema prisional a colocar os clientes nos contêiners da PCE, que são celas especiais, com lotação limitada, destinadas a doentes e idosos.