Pelo menos mais quatro policiais foram exonerados de seus cargos pelo Comando Geral da Polícia Militar, por não apresentarem comportamento condizente com a função desempenhada. As decisões foram publicadas em Diário Oficial do Estado, que circula hoje.
O cabo Sérgio Marcelo Oliveira de Jesus, que entrou na PM em 2002, foi exonerado por mau comportamento. De acordo com a portaria, ele tem em seu histórico 6 prisões, cinco elogios e uma repreensão. Foi apontado ainda que as transgressões disciplinares cometidas são consideradas graves. O militar estava lotado em Várzea Grande.
O soldado Cleverton Moreira foi exonerado após ser investigado em uma tentativa de arrombamento dos cofres de caixas eletrônicos de uma agência bancária localizada no distrito industrial de Cuiabá. O fato ocorreu 2007. O militar estaria com outras quatro pessoas e o arrombamento não foi realizado “por fato alheio à sua vontade”. Ele também atuava em Várzea Grande.
O soldado Eduardo Adão Mota Sales da Silva foi excluído da corporação ao “ferir valores éticos, morais, deveres e obrigações dos servidores públicos militares”. Ele foi investigado, conforme a portaria, em um caso que começou com uma agressão e ameaças ao pai dele, em 2010. Conforme a portaria, no dia do caso, o militar foi designado para desempenhar função que não necessitaria de armas até sua situação ser verificada porém, no pátio do quartel, teria tentado agredir o pai e até insinuar que o mataria, conforme descreve o documento. Ele chegou a ser detido pelos policiais, conduzido ao alojamento feminino da PM (onde havia grades) mas conseguiu escapar tirando o ar condicionado. Ao chegar em casa, o pai acionou a PM sobre a fuga e o soldado foi novamente preso. Ele atuava em Cáceres.
O último caso resultou na exoneração do soldado Rodolfo Pedro Lima, que pertencia ao primeiro pelotão da primeira companhia do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças ( CFAP). Ele teria praticado transgressões premeditadas, entre os casos estão comentários “tendenciosos que macularam a honra de seus superiores e pares”, um destes incluso em uma reportagem sobre supostas humilhações sofridas no curso de formação policial.
Os policiais exonerados poderão recorrer, na Justiça, da decisão do comando. Conforme Só Notícias informou, nesta semana pelo menos quatro foram exonerados. Ano passado, vários militares que não apresentaram conduta compatível com o cargo foram excluídos da corporação.