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“Máfia da Iomat” desviou máquinas para montar parque gráfico em Cuiabá

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A “Máfia da Iomat” estava planejando montar uma grande gráfica, uma espécie de parque gráfico em Cuiabá com máquinas furtadas da Imprensa Oficial de Mato Grosso (Iomat). Hoje a Polícia Civil apreendeu um conjunto de máquinas gráficas com 11 unidades. Apenas uma das unidades está avaliada em mais de R$ 250 mil. Duas pessoas foram presas.

Em uma rua de chão com entrada pela Avenida Fernando Correa da Costa, no Coxipó, a Polícia apreendeu o conjunto de máquinas que estava em um galpão alugado onde funcionava a Mecânica Estrela. Lá foi preso um homem identificado como Geraldo Clemente, que seria sócio da quadrilha liderada por Dilma Mota, de 40 anos, ex-diretora financeira da Iomat e acusada como “Laranja” de Claudiomiro Pires, ex-diretor da mesma instituição. Os dois estão presos desde o mês passado.

A Polícia ainda chegou a outras duas gráficas classificadas como clandestinas. Uma na Avenida Miguel Sutil, no Jardim Leblon, como o nome de fachada de “Capigrafi”, e outra no bairro Poção, um prédio onde antes funcionava um supermercado.

Na gráfica clandestina do bairro Poção, segundo a delegada Maria Alice Amorim, que coordena a “Operação Iomat-2”,iniciada na manhã de hoje, os investigadores prenderam um homem identificado apenas como Ivanir, também conhecido como “Ivan”, ex-funcionário da Iomat.

Ainda no bairro Poção, a Polícia apreendeu dezenas de documentos que compravam que a gráfica era de Dilma, e uma máquina de propriedade da Empaer – Empresa de Pesquisa de Assistência Técnica e Extensão Tural, que estava emprestada para Iomat -, desviada ainda na gestão de Pires.

Segundo as investigações da Polícia, além de dinheiro que Dilma e Pires desviaram da Iomat, também funcionava um esquema mais ou menos assim. As máquinas eram retiradas da Iomat como se fossem levadas para conserto, e depois desapareciam.

A Polícia já sabe, por exemplo, que no galpão onde Geraldo foi preso, o local foi alugado por “Ivan”, preso logo em seguida no bairro Poção, onde também estava escondida uma máquina gráfica.

Depois de colaborar com as investigações da delegada Maria Alice Amorim, da equipe de investigações da Delegacia de Polícia Fazendária, a contadora Dilma começou a prejudicar as investigações. Ela foi presa tentando apagar provas que entregou à Polícia. A Polícia ainda não sabe o montante da fraude, devido à “quase perfeição do plano”, mas calcula que seja muito alto.

Nas investigações que se seguiram após a prisão de Claudiomiro Pires, ex-presidente da Iomat, a Polícia descobriu que Dilma tentou ainda tentou sacar dinheiro em uma conta particular que ela abriu para movimentar o dinheiro das fraudes da Iomat, e ainda tentou apagar uma das principais provas levantadas pela Polícia contra a dupla.

Dilma, segundo a delegada Maria Alice, tentou resgatar oito cheques – dois cheques ela já havia pago -, de R$ 10 mil cada um, que ela usou para pagar uma casa comprada por ela para o ex-chefe e parceiro nas fraudes, Claudomiro Pires.

“A Dilma foi à imobiliária tentar pegar os cheques e apagar as provas, mas nós estávamos observando todos os movimentos dela. Por isso nós representamos pela prisão preventiva da Dilma, prontamente atendida pela promotora de Justiça Ana Cristina Bardusco e pelo juiz César Francisco Bassan”, afirmou a delegada Maria Alice.

Além de trocar cheque em factorings de Cuiabá, usando duas empresas de Fomento captadoras de recursos, Dilma também trocava cheques no próprio caixa da Iomat. O esquema funcionava assim, segundo a delegada: “O cheque entrava na Diretoria de Finanças, e ela trocava no caixa. Um esquema perfeito, ou quase perfeito, porque o cheque ficava na repartição e não levantava suspeitas ”, sustenta a delegada.

A delegada Maria Alice destacou, que as investigações começaram após uma auditoria nas contas da Iomat autorizada pelo governador Blairo Maggi. Os auditores detectaram algumas irregularidades e as investigações começaram em quatro de agosto deste ano.

A delegada disse ainda, que o montante da fraude ainda é desconhecido, mas ele acredita que seja alto. “O inquérito e o relatório foram concluídos e enviados para a Justiça porque tínhamos um prazo de dez dias para finalizar. É o prazo máximo devido a existência de réus presos, mas com certeza as investigações vão continuar”, concluiu a delegada Maria Alice.

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