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Mãe é suspeita de matar filha com soco em Mato Grosso

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A menina Taviane Vitória da Silva, de 13 meses, chegou morta ontem no Pronto-Socorro de Cuiabá e apresentava lesões na língua, pescoço, costas e no pé. Titular da Delegacia de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP), Márcio Pieroni trabalha com a possibilidade de maus-tratos seguido de morte, possivelmente feitos pela mãe, Luzia Marinha Ferreira Campos, que confessou ter dado um soco nas costas da criança por causa de seu choro.

A mãe afirmou ao delegado que a criança caiu da cama pela manhã. Logo depois chorou e Luzia deu uma mamadeira e a menina dormiu. Por volta das 13h acordou chorando e a mãe deu um soco nas costas da filha. O delegado diz acreditar que nesse momento Taviane começou a ter convulsões e acabou morrendo.

A equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) informou que foram acionados pela mãe da menina por volta de 16h45 e, ao chegarem ao bairro Ribeirão do Lipa, constataram que a criança deveria estar morta há, pelo menos, uma hora. O corpo deu entrada no PS às 17h20 e depois foi para o Instituto Médico Legal.

Pieroni afirmou que, possivelmente, quando a criança caiu, machucou a boca e a mãe não deve ter visto. Viu ela chorando e deu mamadeira. Ao acordar, a dor da boca deve ter recomeçado e então a mãe se irritou e exagerou no soco que, para uma criança pequena e frágil foi fatal.

Conforme o delegado, vizinhos disseram que ela vivia brigando com as crianças (Taviane a a irmã) e tinha brigas com o marido. Então, estando irritada com estes problemas ela pode não ter medido a força na hora de bater.

O pai, Otávio Santana da Silva, muito abalado, disse que estava trabalhando. Ao chegar no fim da tarde em casa e soube da notícia e foi direto ao PS. Mas não acreditava que pudesse ter sido a esposa. Conforme ele, Luzia nunca teve uma crise nervosa que pudesse chegar a este ponto. “Somos um casal normal e ambos tratamos bem nossas duas filhas, a outra tem um ano e 11 meses”.

O delegado levou a mãe para averiguação ontem mesmo e disse que vai ouvir mais vizinhos e parentes do casal. Também vai verificar a casa para comprovar onde a criança possa ter machucado a boca. Segundo ele, a mãe chegou ao PS meio apática com a situação e, no início, até xingou os policiais. Depois foi se acalmando e caiu no choro.

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